Mamãe e Bebê 06 de Fevereiro de 2023

3 riscos da placenta prévia para mamãe e bebê


1 a cada 250 gestantes são acometidas pela placenta prévia, condição rara na gravidez, mas que pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê. Saiba mais!

pais olhando ultrassom

Quando o embrião começa a crescer dentro do útero, a placenta é um dos primeiros órgãos a se formar junto com o feto, pois não existe gestação sem placenta, já que ela é responsável por fornecer oxigenação e nutrientes ao bebê por meio do sangue da mãe.

Essencial para a manutenção da gravidez, a placenta normalmente fica do lado oposto ao colo do útero, porém, em alguns casos, ela acaba crescendo de maneira anormal e essa condição é chamada de placenta prévia ou placenta baixa.

Para tirar as dúvidas sobre o tema, convidamos o médico obstetra da Unimed Fortaleza, Dr. Hermano Cabral (CRM: 5321 – CE). Continue a leitura e saiba mais!

O que é placenta?

Como falamos acima, a placenta é um órgão materno-fetal que tem a função de levar oxigênio e nutrientes ao feto por meio da troca sanguínea. Ela possui duas faces, uma fica conectada à parede do útero e a outra ao cordão umbilical.

Geralmente, a placenta está 100% formada a partir da  12º semana de gravidez e é essencial durante o período gestacional. Porém, após o parto, perde a função e é expulsa do organismo minutos depois do nascimento do bebê.

O que é placenta prévia?

A placenta prévia atinge 2% das mulheres, ou seja, 1 a cada 250 gestações e é caracterizada pelo crescimento e posicionamento anômala do órgão, que pode cobrir parcial ou totalmente o colo do útero.

Em condições normais, a placenta cresce e se posiciona ao lado oposto do colo do útero, ou seja, mais próximo a região do fundo do útero. Apesar de não ser comum, a condição pode ser facilmente identificada por meio da ultrassonografia durante as consultas de pré-natal.

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 “No início da gravidez é normal a placenta estar inserida mais abaixo, já que ela está em processo de formação. Porém, após o primeiro trimestre, a placenta vai acompanhando o crescimento uterino e se posicionando na região do fundo do útero, sendo esse o seu posicionamento ideal”, explica o Dr. Hermano Cabral.

3 riscos da placenta prévia para mamãe e bebê

  1. Sangramento vaginal intenso – a hemorragia é a principal complicação da placenta prévia, podendo surgir antes, durante ou após o parto. A perda de grande quantidade de sangue pode colocar em risco a da vida mãe e do bebê. Em alguns casos, é necessário fazer transfusão de sangue;
  2. Nascimento prematuro – devido à perda de sangue intensa, o sangramento pode exigir que um parto de emergência seja feito antes do bebê estar 100% formado. Além disso, o bebê pode nascer com baixo peso, fazendo com que precise ficar mais tempo internado;
  3. Surgimento da placenta acreta – a placenta acreta é a condição em que o órgão fixa-se tão profundamente ao útero e acaba não descolando após o parto. Nesses casos, há um risco de sangramento muito alto e pode levar à remoção cirúrgica do útero (histerectomia).

Qual a classificação da placenta prévia?

A placenta prévia pode ser classificada em 3 tipos, são eles:

  1. Placenta prévia marginal – uma pequena parte da placenta encosta no colo do útero, mas não chega a bloquear a passagem;
  2. Placenta prévia parcial – nestes casos, a placenta obstrui parcialmente o colo uterino, podendo dificultar o nascimento do bebê;
  3. Placenta prévia total – ocorre quando a placenta bloqueia totalmente o colo uterino.

classificacao da placenta previa

“Quando há o diagnóstico de placenta prévia, principalmente prévia total, é recomendado o parto cesariana, já que o colo uterino está bloqueado, impossibilitando a passagem natural do bebê. Nos casos das placentas marginais com 1,5 a 2 cm de distância do orifício interno do colo uterino, há a possibilidade de parto vaginal”, pontua o médico.

Quais os sintomas da placenta prévia?

O principal sintoma da placenta de inserção baixa é o sangramento vaginal. De acordo com o Dr. Hermano Cabral, em 80% dos casos as gestantes possuem pelo menos 1 episódio de sangramento. “É importante destacar que o sangramento é indolor e normalmente ocorre antes da 30ª semana de gestação. Apenas 10% das mulheres não apresentam sangramento quando há placenta prévia”.

 O sangramento relacionado à placenta de inserção baixa normalmente é vermelho vivo e pode ser em grande ou pequena quantidade, porém, tende a parar naturalmente, sem a necessidade de tratamento por medicação. Outra característica do sangramento é que ele se torna recorrente, podendo voltar dias ou semanas depois.

Quais os fatores de risco para a placenta prévia?

Não existe uma causa específica que cause a condição da placenta prévia, no entanto, alguns fatores de risco podem contribuir:

  • Multiparidade – quando a mulher já teve duas ou mais gestações;
  • Cirurgias uterinas anteriores como cesarianas, curetagem uterina, miomectomias, etc;
  • Gestações múltiplas;
  • Idade materna avançada;
  • Tabagismo.

“Ultimamente os tratamentos para infertilidade também são considerados como um fator de risco para o surgimento da placenta baixa. O formato anormal do útero também pode contribuir para o surgimento da condição”, esclarece o obstetra.

Quais as formas de tratamento e prevenção da placenta baixa?

A melhor forma de prevenir o surgimento da placenta prévia é cuidando da saúde e mantendo hábitos saudáveis. Já o tratamento da condição vai depender da situação de cada gestante:

Nos casos mais simples

  • Descansar, evitando ficar em pé;
  • Ficar deitada ou sentada, de preferência com as pernas elevadas;
  • Evitar situações de estresse;
  • Evitar relações sexuais.

“Quando a mulher está assintomática ou com sangramento discreto, o parto deve ser induzido na 37ª semana”, orienta o médico.

 Nos casos mais graves

Além das recomendações citadas acima, quando há sangramento moderado a grave, recomenda-se a internação da gestante para que ela e o bebê fiquem em observação. Nesses casos, é comum haver a possibilidade de transfusão sanguínea para a mãe.

“O parto deve ser feito imediatamente caso a mãe ou o bebê apresentem complicações como sangramento abundante que não cessa, pressão arterial baixa ou alteração cardíaca do feto indicando falta de oxigênio”, alerta o Dr. Hermano Cabral.

Quais as diferenças entre descolamento de placenta e placenta prévia?

Na placenta prévia, o principal sintoma é um sangramento vermelho vivo, normalmente sem dores associadas, de intensidade variável e na grande maioria das vezes com pouca repercussão para mãe e bebês.

Já o descolamento de placenta é caracterizado quando a placenta descola do útero antes do nascimento do bebê. Esse é um quadro mais grave e agudo, já que o feto para de receber oxigênio e nutrientes.

“A hipertensão é um sintoma comum no deslocamento de placenta e não acontece de rotina nos casos de placenta baixa. Além da hipertensão, durante o deslocamento da placenta a grávida pode sentir dor abdominal, sangramento vaginal, contrações, desconforto contínuo na região da barriga ou das costas. Nesses casos, é necessário ir com urgência ao hospital”, alerta o médico.

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 A melhor assistência para gestantes

Em condições delicadas como a placenta prévia, fica mais evidente a necessidade de a gestante contar com uma equipe médica especializada e com um ambiente hospitalar preparado para qualquer eventualidade.

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*Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico obstetra da Unimed Fortaleza Dr. Hermano Cabral (CRM: 5321 – CE).

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