1 a cada 250 gestantes são acometidas pela placenta prévia, condição rara na gravidez, mas que pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê. Saiba mais!
Quando o embrião começa a crescer dentro do útero, a placenta é um dos primeiros órgãos a se formar junto com o feto, pois não existe gestação sem placenta, já que ela é responsável por fornecer oxigenação e nutrientes ao bebê por meio do sangue da mãe.
Essencial para a manutenção da gravidez, a placenta normalmente fica do lado oposto ao colo do útero, porém, em alguns casos, ela acaba crescendo de maneira anormal e essa condição é chamada de placenta prévia ou placenta baixa.
Para tirar as dúvidas sobre o tema, convidamos o médico obstetra da Unimed Fortaleza, Dr. Hermano Cabral (CRM: 5321 – CE). Continue a leitura e saiba mais!
Como falamos acima, a placenta é um órgão materno-fetal que tem a função de levar oxigênio e nutrientes ao feto por meio da troca sanguínea. Ela possui duas faces, uma fica conectada à parede do útero e a outra ao cordão umbilical.
Geralmente, a placenta está 100% formada a partir da 12º semana de gravidez e é essencial durante o período gestacional. Porém, após o parto, perde a função e é expulsa do organismo minutos depois do nascimento do bebê.
A placenta prévia atinge 2% das mulheres, ou seja, 1 a cada 250 gestações e é caracterizada pelo crescimento e posicionamento anômala do órgão, que pode cobrir parcial ou totalmente o colo do útero.
Em condições normais, a placenta cresce e se posiciona ao lado oposto do colo do útero, ou seja, mais próximo a região do fundo do útero. Apesar de não ser comum, a condição pode ser facilmente identificada por meio da ultrassonografia durante as consultas de pré-natal.
Exames pré-natal: quando começar, como são feitos e para que servem
“No início da gravidez é normal a placenta estar inserida mais abaixo, já que ela está em processo de formação. Porém, após o primeiro trimestre, a placenta vai acompanhando o crescimento uterino e se posicionando na região do fundo do útero, sendo esse o seu posicionamento ideal”, explica o Dr. Hermano Cabral.
A placenta prévia pode ser classificada em 3 tipos, são eles:
“Quando há o diagnóstico de placenta prévia, principalmente prévia total, é recomendado o parto cesariana, já que o colo uterino está bloqueado, impossibilitando a passagem natural do bebê. Nos casos das placentas marginais com 1,5 a 2 cm de distância do orifício interno do colo uterino, há a possibilidade de parto vaginal”, pontua o médico.
O principal sintoma da placenta de inserção baixa é o sangramento vaginal. De acordo com o Dr. Hermano Cabral, em 80% dos casos as gestantes possuem pelo menos 1 episódio de sangramento. “É importante destacar que o sangramento é indolor e normalmente ocorre antes da 30ª semana de gestação. Apenas 10% das mulheres não apresentam sangramento quando há placenta prévia”.
O sangramento relacionado à placenta de inserção baixa normalmente é vermelho vivo e pode ser em grande ou pequena quantidade, porém, tende a parar naturalmente, sem a necessidade de tratamento por medicação. Outra característica do sangramento é que ele se torna recorrente, podendo voltar dias ou semanas depois.
Não existe uma causa específica que cause a condição da placenta prévia, no entanto, alguns fatores de risco podem contribuir:
“Ultimamente os tratamentos para infertilidade também são considerados como um fator de risco para o surgimento da placenta baixa. O formato anormal do útero também pode contribuir para o surgimento da condição”, esclarece o obstetra.
A melhor forma de prevenir o surgimento da placenta prévia é cuidando da saúde e mantendo hábitos saudáveis. Já o tratamento da condição vai depender da situação de cada gestante:
“Quando a mulher está assintomática ou com sangramento discreto, o parto deve ser induzido na 37ª semana”, orienta o médico.
Além das recomendações citadas acima, quando há sangramento moderado a grave, recomenda-se a internação da gestante para que ela e o bebê fiquem em observação. Nesses casos, é comum haver a possibilidade de transfusão sanguínea para a mãe.
“O parto deve ser feito imediatamente caso a mãe ou o bebê apresentem complicações como sangramento abundante que não cessa, pressão arterial baixa ou alteração cardíaca do feto indicando falta de oxigênio”, alerta o Dr. Hermano Cabral.
Na placenta prévia, o principal sintoma é um sangramento vermelho vivo, normalmente sem dores associadas, de intensidade variável e na grande maioria das vezes com pouca repercussão para mãe e bebês.
Já o descolamento de placenta é caracterizado quando a placenta descola do útero antes do nascimento do bebê. Esse é um quadro mais grave e agudo, já que o feto para de receber oxigênio e nutrientes.
“A hipertensão é um sintoma comum no deslocamento de placenta e não acontece de rotina nos casos de placenta baixa. Além da hipertensão, durante o deslocamento da placenta a grávida pode sentir dor abdominal, sangramento vaginal, contrações, desconforto contínuo na região da barriga ou das costas. Nesses casos, é necessário ir com urgência ao hospital”, alerta o médico.
Em condições delicadas como a placenta prévia, fica mais evidente a necessidade de a gestante contar com uma equipe médica especializada e com um ambiente hospitalar preparado para qualquer eventualidade.
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*Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico obstetra da Unimed Fortaleza Dr. Hermano Cabral (CRM: 5321 – CE).
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