A dermatite atópica é a mais comum das dermatites. É uma doença crônica da pele e pode vir associada à asma e à rinite. Saiba mais a seguir!
Coceira, pele vermelha e seca? Esses são alguns sintomas da dermatite atópica ou eczema atópico, doença inflamatória crônica que pode ocorrer em qualquer gênero ou faixa etária, mas que ocorre com mais frequência nas crianças. Cerca de 60% dos casos acontecem no primeiro ano de vida e, em 80% dos casos em crianças, os sintomas são leves.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria, 70% dos casos de dermatite atópica melhoram gradualmente até o final da infância.
Crianças e adultos atópicos ou alérgicos, também costumam ter outras doenças alérgicas como rinite, asma e conjuntivite. Para conhecer mais sobre as causas, sintomas e formas de tratamento da doença, convidamos a dermatologista da Unimed Fortaleza, Patrícia Sampaio (CRM 6340 CE), para responder às dúvidas mais frequentes!
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele não contagiosa, podendo afetar pessoas de qualquer faixa etária, mas sendo mais comum em crianças. As causas da doença são:
Os sintomas mais comuns da doença são coceira (prurido), vermelhidão e pele seca. Além de:
Na fase infantil, do nascimento até o sexto mês de vida, as lesões se concentram mais na face e no couro cabeludo e podem vir associadas com dermatite seborreica (caspa).
Na fase pré-puberal, a partir dos 2 anos de idade até a puberdade, as lesões se localizam em regiões de dobras como cotovelo anterior e atrás dos joelhos, pescoço, punhos e tornozelos.
A fase adulta tem lesões também nas regiões de dobras e nas mãos, mas o aspecto é de pele mais áspera, com espessamento da pele e acentuação dos sulcos cutâneos, podendo deixar marcas. Pode também atingir a face, inclusive pálpebras e os mamilos.
Não existe cura, mas a doença pode ser controlada com alimentação saudável e tratamento médico indicado pelo dermatologista.
“A dermatite atópica não tem prazo para desaparecer, já que evolui em surtos. Mas a maioria dos pacientes terão melhora clínica e espaçamento das crises com o avançar da idade“, explica a Dra. Patrícia Sampaio, dermatologista da Unimed Fortaleza.
Após ser diagnosticado com a doença, o tratamento da dermatite é realizado, geralmente, com antialérgicos via oral, cremes ou antibióticos caso a pele esteja infeccionada.
“Para aliviar os sintomas, pode-se usar hidratantes potentes, além de manter o uso de sabonetes hipoalergênicos, reduzindo o uso a cada banho. Quando a dermatite está associada à dermatite seborreica, também conhecida como caspa, é utilizado shampoos à base de cetoconazol a 2% que também são permitidos em bebês. É importante ressaltar que tanto os medicamentos como shampoos e hidratantes devem ser usados sob recomendação médica“, orienta a Dra. Patrícia Sampaio.
Assim como a eczema atópico, a psoríase é uma doença de pele crônica, imunológica e recorrente, ou seja, também não tem cura, mas tem tratamento. O paciente diagnosticado com psoríase também apresenta vermelhidão na pele, coceira, descamação e desconforto. A diferença entre psoríase e dermatite atópica é que a psoríase pode estar associada à hipertensão.
O tratamento da doença é feito de forma semelhante ao da dermatite, usando pomadas ou cremes de corticoide que são aplicados diretamente na pele, comprimidos e injeções. Mas é importante lembrar que para um diagnóstico correto, é necessário consultar um médico dermatologista.
Ao longo do tempo, a dermatite tende a diminuir nos pacientes e reaparecer em períodos de surto. É comum que a coceira piore à noite, fazendo com que o paciente tenha um sono intranquilo, por isso, é importante ter alguns cuidados para reduzir os desconfortos causados pela doença durante as crises.
A crise de dermatite atópica também pode desencadear devido ao estresse, por isso, é importante evitar situações que favoreçam esse tipo de condição.
Não existe uma dieta específica para a dermatite atópica, mas caso você seja uma pessoa com alergia alimentar, é importante evitar alimentos que causem reações alérgicas. Os mais comuns são a proteína do leite de vaca, clara do ovo e amendoim.
“Prefira dietas mais naturais, ou seja, menos industrializadas e ricas em frutas, vegetais, peixes e azeite de oliva”, recomenda a médica.
Se você reparou o surgimento de lesões na pele e suspeita que pode ser dermatite atópica, procure um médico dermatologista para que ele possa avaliar e indicar o melhor tratamento para você.
Para agendar uma consulta, clientes Unimed Fortaleza podem acessar o Guia Médico pelo App Unimed Fortaleza e encontrar o profissional mais próximo!
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica dermatologista da Unimed Fortaleza Dra. Patrícia Sampaio (CRM 6340 CE).
Seu download começará em instantes...