Quem sempre relacionou dores nas costas apenas ao cansaço do dia a dia ou a estresses? Pouco pensamos nos riscos indicados por essas dores, como a hérnia de disco, por exemplo. Para preservar a sua saúde, entenda agora como ela se desenvolve.
Para entender o que é uma hérnia de disco, é necessário primeiro compreender o significado da expressão. A palavra “hérnia” se refere a um fluido que saiu do seu local de origem, enquanto a palavra “disco” se refere ao disco intervertebral, localizado na coluna.
O disco intervertebral é uma estrutura cartilaginosa que guarda em seu centro o núcleo pulposo (um líquido gelatinoso que tem um formato oval). Quando esse disco é danificado, ficando com rompimentos ou fissuras, o núcleo perde seu formato original e sai por essas aberturas. E a esse acontecimento, damos o nome de hérnia de disco.
A hérnia de disco se forma após várias lesões no disco da coluna. Postura e movimentos inadequados podem danificar o disco, deixando-o com uma espessura menor. E se esses hábitos não forem corrigidos o quanto antes, em poucos anos, esse dano se tornará uma hérnia.
A hérnia pode surgir em 3 tipos e uma pessoa pode ter mais de uma hérnia discal, que pode aumentar a gravidade com o tempo. São eles:
Quando há apenas a desidratação do disco, ou seja, pequenas rachaduras, não há sintomas. Para descobrir esse caso, é necessário a realização de uma ressonância magnética, pois somente quando a hérnia tomou forma e a coluna já está deslocada (estágio de protrusão) é que surgem os sintomas.
Os sintomas da hérnia de disco geralmente surgem anos antes de descobri-la, com as frequentes dores nas costas que, geralmente, são ignoradas. E, por mais que não seja o único indicador da doença, é um dos primeiros sinais de alerta que o corpo emite. Além disso, alguns fatores favorecem a instalação da hérnia, como a obesidade, o envelhecimento e o esforço físico inadequado. Abaixo, confira quais são os principais sintomas:
1. Dor nas costas há mais de três meses;
2. Dor nas costas durante o sono noturno, que permanece ao acordar;
3. Dificuldade para ficar sentado corretamente (coluna ereta) por mais de 10 minutos;
4. Fraqueza em uma das pernas ou nas duas;
5. Formigamento, dor ou dormência nos braços e pernas;
6. Incapacidade de ficar de ponta de pé com uma das pernas;
7. Dificuldades extremas para segurar a urina;
8. Redução do rendimento e desânimo para a realização de atividades rotineiras;
9. Dores de cabeça associadas a dores na região da nuca, que se estendem para os ombros;
10. Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.
Qualquer um desses sintomas é um sinal de alerta, pois todos representam problemas sérios para a coluna. Ao identificar algum sintoma, busque ajuda médica. Não é indicado o uso de remédios por conta própria ou deixar que a dor melhore com o tempo. O correto é que a causa de sua dor ou incômodo seja investigada por um especialista, para que o problema seja evitado ou tratado de forma adequada.
A coluna é a estrutura mais importante para o corpo. Afinal, o centro do equilíbrio do sistema musculoesquelético é ela. A partir dela, o corpo tem base para a estabilização, que consiste na perfeita distribuição das forças e ações realizadas pelo ser humano no dia a dia. É por isso que muitas das lesões que ocorrem na coluna vertebral são relacionadas ao desequilíbrio e ao desalinhamento da estrutura. Veja abaixo as principais causas e evite-as:
1. Má postura no dia a dia;
2. Levantar, puxar e carregar objetos excessivamente pesados;
3. Ação de inclinar e girar o tronco frequentemente;
4. Sedentarismo, com ausência de atividades físicas;
5. Movimentos intensos em esportes com impacto ou carga demasiada;
6. Trabalho em que o corpo recebe constantes vibrações;
7. Inclinar o tronco com frequência para apanhar objetos sem flexionar os joelhos;
8. Movimentos repetitivos no cotidiano.
Todas essas causas podem ser evitadas por conta própria e outras com a ajuda de um profissional especializado. A má postura é, com certeza, a maior causadora de dores e incômodos na coluna. E é por isso que existe uma postura correta para cada movimento a ser realizado, inclusive quando se está parado. Nem sempre é possível obedecer a todas as regras, mas é possível ter o máximo de cuidado possível em cada movimento.
Ao passar a fase mais dolorosa da hérnia de disco, é indicada a realização de atividades físicas para o fortalecimento da coluna e para ajudar a prevenir outras crises de dores. É essencial que haja o acompanhamento de um médico especialista e de um profissional fisioterapeuta. Musculação, pilates e atividades na água são os exercícios mais indicados para quem possui essa doença.
A princípio, a pessoa que possui hérnia de disco deve permanecer realizando suas atividades normalmente. Caso a dor se intensifique durante a rotina, o indicado é que os movimentos sejam feitos de maneira mais cautelosa e que não sejam realizados com frequência. Usar salto alto, ficar sentado por longos períodos ou ficar agachado por muito tempo são ações que devem ser evitadas no dia a dia.
O controle do peso é essencial no tratamento da hérnia de disco, uma vez que é a coluna que suporta boa parte do peso. Portanto, estar dentro do Índice de Massa Corpórea (IMC) saudável pode prevenir a sobrecarga à coluna.
Se você se identificou com os sintomas de hérnia de disco, busque o diagnóstico correto. Baixe o Aplicativo Minha Unimed, acesse o Guia Médico Inteligente e escolha o profissional médico ortopedista para realizar uma consulta e receber o atendimento necessário.
Conteúdo aprovado em parceria com o ortopedista e traumatologista Dr. Lucas Higino (CRM-CE 12.511) (RQE 8044 )
Cirurgião de coluna | Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) | Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC)
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