Se você é adepto à prática de exercícios aeróbicos, é possível que já tenha questionado sobre o que é mais eficiente para queimar gordura: correr ou não correr em jejum? Continue a leitura e saiba o que os profissionais recomendam.
Toda pessoa que realiza algum tipo de exercício físico, seja simples ou que exija mais esforço, precisa de uma rica fonte de nutrientes e energia para atingir os resultados almejados. O jejum, no entanto, não garante o armazenamento desses componentes tão importantes para a prática de exercícios.
Quando se fala em correr em jejum, há questionamentos sobre a queima de gordura ser de forma mais rápida ou não, e se é prejudicial à saúde. Para responder às dúvidas, convidamos os profissionais da Medicina Preventiva da Unimed Fortaleza.
Não é diretamente prejudicial porque existem pessoas adeptas à prática, como alguns atletas, que possuem o organismo preparado para este fim. No entanto, pode promover alguns malefícios a quem quer realizar, mas não tem o organismo preparado.
De acordo com profissional de Educação Física Abel Rodrigues, “essa prática por pessoas que não são adeptas pode causar mal-estar durante a atividade e baixo rendimento porque o corpo está despreparado e pode cansar mais rápido, já que está sem a fonte ideal de energia”.
A nutricionista Tamyres Ribeiro explica que, primeiro, é preciso saber que o jejum deve ser contado a partir do horário em que foi realizada a última refeição e não essencialmente da hora em que acordou.“Para praticar algum aeróbico em jejum, é necessário ter em mente que, no período em que o corpo estava sem receber alimentação, ou seja, no jejum, o organismo já estava acessando as reservas de energia e utilizando-as. Então, ao realizar uma atividade física em jejum, as reservas de energia serão utilizadas com mais intensidade”, observa a profissional.
Quando se realiza uma atividade física em jejum e o organismo não está acostumado, o risco de se ter uma hipoglicemia é alto. Além de outros danos, como maior facilidade a ter lesões e até entrar em um quadro de anorexia se privando de comer, porque a pessoa pode começar a ter uma percepção de que, mesmo se exercitando em jejum, perde pouco peso. Por isso, é extremamente importante o acompanhamento profissional para quem quer praticar a corrida e deseja fazer isso em jejum.
Quando se está em jejum, há menos reservas de energia por causa da falta de alimentação, o que permite que o organismo comece a queimar gordura mais rapidamente. No entanto, além da gordura, perde-se também massa magra, que é o músculo, porque o corpo procurará por energia e, não havendo reserva de nutrientes, acessará a musculação.
O profissional Abel Rodrigues, explica que a corrida em si já emagrece, porque é especialmente voltada para a perda de peso e equilíbrio para uma boa condição física.“Essa prática em jejum, no entanto, mais atrapalha do que ajuda na garantia de uma boa performance. Como profissional e entendedor do que o corpo precisa para um desempenho satisfatório, posso afirmar que, se a fonte de nutrientes não estiver balanceada, durante a corrida ou qualquer outro exercício, o organismo vai procurar retirar energia de outras partes, como do músculo. O que impedirá o melhor rendimento da pessoa no exercício”, pondera.
Para a pessoa que não tem o seu organismo adaptado para correr em jejum, o ideal é ter o acompanhamento profissional, tanto de um(a) nutricionista como de um(a) profissional de educação física. Assim será possível compreender o que é o ideal para o seu organismo, se há estrutura para correr em jejum, qual a alimentação ideal e qual é a intensidade correta das atividades.
Para quem deseja iniciar a prática, a nutricionista Tamyres Ribeiro destaca 3 recomendações:
1. Inicie ingerindo alimentos com baixo teor calórico, que fará com que o organismo consiga acessar as reservas de gordura, mantendo a performance com a utilização das calorias oriundas da alimentação;
2. Coloque frutas com baixo índice glicêmico no seu pré e pós-treino, como: tangerina, laranja, maçã e ameixa fresca, e opte também por fontes proteicas, como leite e iogurte;
3. Outros alimentos importantes são os que contêm antioxidantes (frutas, hortaliças, sementes e oleaginosas), porque atuam impedindo a morte celular precoce, que fragiliza a musculatura e os órgãos.
Para concluir, a nutricionista orienta a pensar em um jejum diferente antes de realizar alguma atividade física, “é interessante pensar em um jejum com período prolongado de acordo com o que o organismo pode suportar sem ser prejudicado e devidamente acompanhado de uma alimentação adequada”. Mas lembre-se também de sempre consultar profissionais capacitados.
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Com uma equipe multidisciplinar de médicos, nutricionistas, psicólogos, entre outras especialidades, a Medicina Preventiva oferece serviços gratuitos, como orientação e acompanhamento personalizado para clientes Unimed Fortaleza. Saiba mais sobre os grupos e serviços ofertados.
Conteúdo desenvolvido em parceria com os profissionais:
Tamyres Ribeiro – Nutricionista da Medicina Preventiva da Unimed Fortaleza
Abel Rodrigues – Profissional de Educação Física da Medicina Preventiva da Unimed Fortaleza
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