Compreenda como lidar com a birra infantil, quando esse comportamento é considerado normal e quando ele pode ser considerado um distúrbio.
A birra infantil é um comportamento comum em algumas fases de desenvolvimento da criança e que exige muito jogo de cintura da parte dos pais para lidar com a situação da melhor forma. Isso porque é através da birra que a criança expressa os seus anseios e frustrações.
Por outro lado, em algumas situações, a birra que foge do padrão esperado para a idade pode indicar um transtorno de comportamento. Por isso, a importância dos pais e responsáveis analisarem com atenção.
A seguir, abordaremos questões relacionadas à birra infantil e ajudaremos você a diferenciar quando esse comportamento é algo normal no desenvolvimento da criança e quando pode ser caracterizado como um transtorno. Continue lendo!
É caracterizado como birra infantil aquele momento de explosão emocional que ocorre quando o bebê ou a criança tenta expressar o que está sentindo através de choro, grito, reclamação descontrolada e teimosia.
Faz parte do desenvolvimento infantil utilizar a birra como forma de se expressar e conseguir o que quer, isso porque o bebê descobre desde cedo que é através do choro que ele vai comunicar que está com fome, sono, mal-estar, entre outros sentimentos.
A birra geralmente inicia aos 2 e 4 anos de idade, mas pode iniciar até mesmo antes, por volta dos 10 meses. Acontece que esse tipo de comportamento tem mais relação com o desenvolvimento do bebê do que com a idade.
Você provavelmente já ouviu falar da fase dos “terríveis dois anos”, também conhecida como a “adolescência infantil”, que por mais que esteja associada aos dois anos de idade, pode iniciar mais cedo.
É nessa fase que a criança começa a expressar as suas próprias vontades e aprende a dizer não para tudo na tentativa de manifestar a sua individualidade. Frequentemente, a forma que a criança encontra para expressar o que está sentindo é através do choro e do grito.
É muito importante saber lidar com a birra infantil para evitar que esse comportamento se torne um problema maior. Para te ajudar nessa missão, confira 3 dicas que selecionamos para você aprender a lidar com essa fase com o auxílio da médica pediatra da Unimed Fortaleza Dra. Graciela Josué (CRM 13045).
Geralmente a criança faz birra quando está angustiada com alguma situação, diante disso, é importante tentar compreender o que está acontecendo para entrar em um acordo. São várias as razões que podem levar a criança a fazer birra, desde o cansaço, fome, até o incômodo com o lugar em que está.
Então, antes de mais nada, observe o que pode estar incomodando e tente minimizar o desconforto. Em seguida, explique para a criança que esse tipo de comportamento não é legal e que não deve se repetir. Mas é claro que a situação poderá sim se repetir algumas vezes, dessa maneira, é importante ter muita paciência e empatia na hora de dialogar com a criança.
Minimizar os incômodos não quer dizer que você vai ceder a tudo que a criança quer, é importante impor limites para a criança compreender desde cedo que ela não vai conseguir sempre tudo o que quer.
A criança precisa entender que existe hora pra tudo e é muito importante desde nova ensiná-las a lidar com o sentimento de frustração. Por isso, muita atenção! Existem incômodos que são de responsabilidade dos pais minimizar, mas nem tudo deve ser cedido.
Se a criança está querendo algo que não é viável proporcionar a ela naquele momento, tente fazer combinados onde ela vai se sentir ouvida, porém, ao mesmo tempo, vai compreender que não pode ter o que quer naquele momento.
Desviar a atenção da criança no momento da birra também pode ser uma solução. Nem sempre o diálogo vai ser a saída, principalmente quando se trata de bebês ou crianças muito novas, pois nem sempre vão compreender o que você está tentando explicar.
Nesses casos, a solução é desviar a atenção da criança para uma paisagem, um brinquedo, um desenho, algo que a criança julgue interessante. Faça isso até ela estar entretida o suficiente para acabar com a birra.
Como já falamos anteriormente, a birra infantil é um comportamento normal e inevitável, cedo ou tarde os pais irão se deparar com esse problema, mas existem algumas atitudes que podem minimizar as chances desse comportamento se repetir de forma rotineira. São elas:
Como já mencionamos, a birra é um comportamento normal da infância, mas existem casos onde ela pode ser caracterizada como um transtorno. Por isso, é muito importante os pais terem atenção nos sinais.
Quando as birras começam a ser rotineiras e com sinais mais agressivos os pais devem observar com atenção, pois a criança pode estar desenvolvendo o Transtorno Opositivo Desafiador, conhecido também como TOD.
O TOD é um transtorno neuropsiquiátrico, em que a criança costuma ter comportamentos desafiadores e desobedientes, que podem ser manifestar através da teimosia, estresse, hostilidade, raiva descontrolada, sentimento de vingança, dificuldade em obedecer, entre outros comportamentos.
A diferença é que a birra geralmente acontece quando a criança quer expressar os seus sentimentos, seja em relação a um desejo ou uma frustração. Já no caso do Transtorno Opositivo Desafiador, a criança repete um comportamento irritável com frequência e até mesmo quando não há um motivo aparente, agindo de forma opositiva a tudo, além de não demonstrar medo de punição.
Sim. O tratamento do Transtorno Opositivo Desafiador inclui acompanhamento psicológico e, em alguns casos, pode haver a necessidade de prescrição de medicamentos para controle das emoções.
É importante também os pais e responsáveis modificarem alguns comportamentos que podem servir como gatilho para as crises da criança, como:
Como você pode notar no decorrer do artigo, a birra infantil é uma fase inevitável que exige muita paciência e jogo de cintura por parte dos responsáveis. Por isso, é muito importante manter a calma para saber lidar com a situação de forma empática e paciente.
Em primeiro lugar, busque acolher os sentimentos que estão bagunçados na cabeça da criança para que você possa ajudá-la a compreendê-los, e quando a situação estiver controlada, utilize o diálogo para explicar que não é legal que esse tipo de situação aconteça novamente. Por fim, lembre-se, se sentir que há necessidade, não deixe de buscar ajuda profissional.
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica pediatra da Unimed Fortaleza Dra. Graciela Josué (CRM 13045 / RQE 8617)
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