Irritação nos olhos, inchaço, ardência e pálpebras grudadas, podem indicar um quadro de conjuntivite. Fique alerta e saiba agora tudo o que precisa sobre a doença.
No Brasil, a conjuntivite é uma doença bastante comum, caracterizada por uma inflamação na conjuntiva dos olhos. Suas causam incluem alergias, infecções (viral, bacteriana ou fúngica) e contato com substâncias tóxicas.
Normalmente, a doença atinge os dois olhos e pode durar até 15 dias. Além disso, se a causa da conjuntivite for infecciosa, ela será uma doença contagiosa, já que sua transmissão ocorre pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada.
O período de contágio se inicia nas primeiras 36 e 48 horas, por isso é importante se afastar das atividades externas e limitar ao máximo o contato com as pessoas que convivem com você, em caso de suspeitas da doença.
A conjuntivite é dividida em três categorias:
Para identificar qual é a forma da doença que você possui, é importante procurar um especialista, que nesse caso é o médico oftalmologista, para que ele passe o tratamento adequado.
Se você é uma pessoa predisposta à alergias e tem rinite ou sinusite, por exemplo, seu organismo é mais sensível ao ácaro e ao pólen, o que pode facilitar o aparecimento da conjuntivite alérgica.
Essa forma da doença não é contagiosa e os sintomas mais comuns são olhos vermelhos e coceira ocular. Caso você utilize lentes de contato, elas também podem desencadear uma reação alérgica.
O tratamento desse tipo de conjuntivite é feito com uso de colírios antialérgicos.
É a forma mais comum da doença e é contagiosa, ou seja, pode ser transmitida para outras pessoas pelo contato com as secreções oculares. Ela pode ser viral, bacteriana ou fúngica e os sintomas são:
É transmitida por vários tipos de vírus. Nessa forma, tosses e espirros dos pacientes infectados também podem transmitir a doença para quem estiver por perto.
Essa forma da doença é menos comum do que a viral, no entanto, é mais perigosa e atinge mais crianças que adultos. A transmissão dela ocorre por meio do contato pessoal com a bactéria (passa de uma pessoa para outra). Caso você esteja com crise de garganta ou de ouvido, pode facilitar a transmissão da bactéria para os olhos.
É considerada a forma mais rara da doença e a mais difícil de tratar, pois só acontece quando a pessoa machuca os olhos com madeira.
Essa forma da doença não é contagiosa e acontece quando o paciente tem contato direto com produtos que causam reação tóxica ao olho, como: produtos de limpeza, spray de maquiagens, lentes de contato, tintas para o cabelo, shampoo, dentre outros.
Esse tipo de conjuntivite é mais raro, entretanto, é necessário cautela no tratamento, pois se negligenciada, pode causar consequência graves na visão.
É importante destacar que o tratamento da conjuntivite varia de acordo com a causa, por isso evite a automedicação. O uso de um colírio errado pode agravar ainda mais a doença.
Confira abaixo as recomendações da médica oftalmologista da Unimed Fortaleza, Dra. Larissa Vidal:
1. Manter as mãos sempre limpas e não levá-las aos olhos;
2. Não utilizar maquiagens de outras pessoas ou toalhas;
3. Não usar medicamentos, como colírios ou pomadas, sem prescrição médica;
4. Evitar nadar em piscinas sem o uso de cloro;
5. Utilizar óculos de proteção, se você trabalha com produtos químicos de forma direta;
6. Manter as lentes de contato sempre limpas e não dormir com elas, para que não causem irritação na conjuntiva.
É importante falar sobre a conjuntivite neonatal, que por definição ocorre até os 28 dias de vida, não é simplesmente uma inflamação da conjuntiva ocular igual à que ocorre com crianças maiores e adolescentes. Por isso mesmo, o cuidado com ela deve ser redobrado.
O tratamento deve ser orientado por um oftalmologista ou pediatra e vai depender da causa e da forma que a doença se apresenta. Durante o tratamento da conjuntivite neonatal, siga essas 5 dicas:
1. Mantenha os olhos do bebê sempre limpos;
2. Utilize lenços de papel descartáveis e sempre um novo para cada olho;
3. Não leve a criança para a escola ou creche;
4. Lave o rosto e as mãos do bebê várias vezes ao dia;
5. Troque as roupas de cama diariamente.
Tirou suas dúvidas sobre os tipos de conjuntivite? Se você identificar algum dos sintomas listados, não hesite em procurar um médico.
Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica oftalmologista da Unimed Fortaleza, Dra. Larissa Bivar Paiva Vidal | Formada Pela Universidade Federal do Ceará | Especialista em cirurgia refrativa, transplante de córnea e doenças externas oculares
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