Você come de forma consciente? Muitas vezes não sabemos lidar com as nossas emoções e usamos a comida como válvula de escape. A repetição dessa atitude pode estar relacionada à fome emocional.
Sabe quando você tem um dia difícil e, ao chegar em casa, decide abrir um vinho, comer uma barra de chocolate ou pedir aquele sanduíche com milkshake? Provavelmente você não é a única pessoa que já fez isso, mas se essas atitudes se repetem com frequência é preciso ficar alerta, pois pode indicar que você está com fome emocional.
A fome emocional está associada ao comer emocional e é motivada exclusivamente por uma emoção. Nesses casos, a comida deixa de ter a função primária e passa a desempenhar o papel de retirar ou suprir uma emoção negativa e trazer prazer e conforto momentâneo.
Para conversar sobre o assunto e explicar quais gatilhos podem levar à fome emocional, convidamos a psicóloga da Unimed Fortaleza, Carolina Viana (CRP 11/10851). Continue a leitura e aprenda mais sobre o tema!
Como falamos acima, a fome emocional é sempre motivada por uma emoção e, muitas vezes, a pessoa não consegue distinguir qual é a sensação. Quando isso acontece, a comida passa a ter a função de remover aquele sentimento incômodo que a pessoa está sentindo.
“Nessa situação, a pessoa não come para saciar a fome, mas para acalentar a emoção que surgiu. Já a fome física é a fome orgânica, natural. Acontece quando o organismo sinaliza que precisa repor nutrientes para continuar funcionando“, explica a psicóloga Carolina Viana.
Começar a refletir sobre os alimentos que você ingere ao longo do dia torna mais fácil identificar o tipo de fome que está sentindo. A psicóloga explica que é necessário pensar mais sobre quando escolhemos comer.
“Antes de ingerir um alimento é importante perguntar se você está realmente com fome, se é o seu corpo que está precisando daquela comida ou se você está com vontade de comer algo específico. Trabalhar a consciência do sentir fome e da saciedade é o caminho para entender se o que está sentindo é fome emocional ou física”.
Quando estamos com fome física podemos sentir:
Quando você está no automático, não percebe, por exemplo, quando abre um chocolate ou passa a tarde petiscando um pacote de amendoim. A psicóloga Carolina Viana pontua que é importante ter consciência quando utilizamos a comida como recompensa por uma vitória ou dia difícil.
“Essas atitudes não são erradas, mas é preciso ficar atento à frequência desse comportamento. Se você optar por comer uma pizza porque teve um dia estressante, é importante reconhecer isso para você. Uma das formas de fazer isso é falar para si: estou comendo essa pizza porque quero me recompensar pelo dia de hoje, não porque o meu corpo precisa desse alimento específico”, aconselha.
As causas dos gatilhos relacionados à fome emocional são variadas e vai depender da realidade de cada pessoa, qual a sua história de vida e como ela se relaciona com a comida. Mas algumas situações podem desencadear a vontade de comer:
“É importante destacar que essa não é uma receita de bolo, porque o que pode ser angustiante para mim, pode não ser para outra pessoa. Quando falamos de gatilhos precisamos avaliar o contexto de cada um”, reforça a psicóloga da Unimed Fortaleza.
Quem tem fome psicológica pode encontrar conforto momentâneo na comida, porém, é importante entender que esse acolhimento é ilusório e passageiro, pois a pessoa não está tratando a causa da fome emocional, está apenas mascarando o desconforto. Separamos 4 dicas para te ajudar a controlar a vontade de comer:
A fome emocional não é considerada um distúrbio alimentar, mas uma condição que, se não tratada, pode se tornar um problema maior, como a compulsão alimentar. A vontade de comer incontrolavelmente é um sinal de alerta de que algo não está bem com a sua saúde mental.
A compulsão alimentar é um transtorno mental que precisa ser tratado com medicação e psicoterapia. A fome emocional pode estar associada a um quadro de compulsão alimentar, mas não é obrigatoriamente o distúrbio, pois nem todo mundo que tem um comer emocional tem compulsão alimentar.
Quando a fome emocional é frequente, a ajuda profissional é essencial para reverter a situação, já que o psicólogo irá identificar, junto com o paciente, as causas da vontade incontrolável de comer.
Para continuar cuidando da sua saúde física, espiritual e psíquica, acompanhe mais dicas das nossas psicólogas e descubra quais são os hábitos de autocuidado que podem transformar a sua qualidade de vida!
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a psicóloga da Unimed Fortaleza Carolina Viana (CRP 11/10851).
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