É verdade que o parto humanizado é o mais seguro? A cesárea pode ser humanizada? Para tirar as suas dúvidas, acompanhe as dicas do ginecologista e obstetra da Unimed Fortaleza.
A gravidez é um momento único e especial para a mulher e para o bebê, que está em constante desenvolvimento dentro do útero. Ao longo dos 9 meses de gestação, a rotina da mãe muda desde a alimentação aos preparativos para receber o novo membro da família.
Mas, além de todos os cuidados durante a gravidez, um momento importante e essencial para chegada do bebê é o parto. Muitas dúvidas podem surgir sobre o assunto e é natural se questionar sobre o melhor tipo de parto, ficar em dúvida sobre as diferentes formas de trazer o bebê ao mundo e como fazer isso prezando pela segurança da mãe e do filho.
Atualmente, muito se fala sobre o parto humanizado. Mas você sabe o que é o parto humanizado? Para te ajudar a tirar todas as dúvidas sobre o assunto, convidamos o ginecologista e obstetra da Unimed Fortaleza, Dr. Márcio Alcântara, para contar 7 verdades sobre o parto humanizado.
O parto humanizado, na verdade, não é um tipo de parto, ele está relacionado à assistência prestada à mulher e ao bebê durante o pré-natal, parto e pós-parto. Ele evidencia o protagonismo da mulher, priorizando seus desejos e escolhas, além de buscar diminuir intervenções clínicas desnecessárias ou de risco para a mãe e o recém-nascido.
Com o parto humanizado, o nascimento passa a ser visto como um momento familiar e emocional e não apenas como um evento clínico. Ele também resgata a autonomia da mulher de decidir a melhor forma de dar à luz ao seu filho e reforça a importância de um parto pautado por evidências científicas como forma de assegurar a saúde da mãe e do bebê, evitando riscos e aumentando os benefícios de uma gestação mais natural.
Conhecido como parto normal, o parto vaginal é quando o bebê nasce de forma não cirúrgica e traz mais vantagens para a mãe e para o bebê, como uma recuperação mais rápida da mulher, já que ela não passou por intervenção cirúrgica.
Entretanto, durante o parto vaginal, pode acontecer algumas intervenções obstétricas com indicação no transcurso do trabalho de parto, como a administração de ocitocina ou rompimento da bolsa e, em alguns casos, a episiotomia – incisão na região do períneo para aumentar a abertura vaginal na hora do parto -.
Dessa forma, apesar de ter sido de forma “natural”, essa forma de parto acaba sendo classificado como não humanizada por ter ocorrido intervenções clínicas.
Para que o parto vaginal seja humanizado ele precisa ter nenhuma ou quase nenhuma intervenção médica. Por isso, é importante que a mulher tenha um acompanhante, para trazer apoio emocional nesse momento, além de uma equipe médica preparada e que respeite as decisões da mulher que eventualmente teve que realizar ações as quais não estava em sua proposta inicial.
É interessante o uso de técnicas naturais para alívio da dor como massagens, água quente, exercícios que estimulem a liberação natural de ocitocina e diferentes posições, até que a mulher encontre a forma mais confortável para fazer o parto.
O parto natural se diferencia por não contar com intervenções médicas (somente em casos em que os riscos se apresentem à mãe ou ao feto se faz necessário) e acontecer totalmente de acordo com os comandos do corpo da mãe. Saiba mais sobre os diferentes tipo de parto aqui.
Por ser uma intervenção cirúrgica, a cesariana não é considerada uma forma de parto natural, mas ela pode ser realizada de forma menos invasiva e mais humanizada. Para que a cesárea seja humanizada, o primeiro passo é que ela seja indicada apenas em casos que realmente sejam necessários, ou seja, quando há risco de vida da mãe ou do bebê, por exemplo.
Outra forma de humanizar esse tipo de parto é transformar o ambiente cirúrgico em um espaço acolhedor. E como isso pode ser feito? Confira as dicas do Dr. Márcio Alcântara:
“Para deixar o ambiente cirúrgico mais aconchegante, é interessante colocar músicas, deixar a sala com luz mais baixa para aumentar o conforto, além de permitir e incentivar o acompanhamento familiar, dessa forma, se estabelece uma rede de apoio emocional ainda maior. Se possível, permitir o contato entre a mãe o recém-nascido assim que o nascimento for realizado, sem as interrupções médicas como corte do cordão umbilical e limpeza”, orienta o especialista.
Para que o parto seja humanizado, todo o processo de gestação até o nascimento precisa ser respeitado. No momento do parto, ações podem ser feita para que o tão esperado momento seja uma experiência positiva e gratificante. Confira algumas orientações abaixo!
Ter um acompanhante é um princípio do parto humanizado e, no Brasil, já é previsto por lei que a gestante tenha alguém para acompanhar o nascimento do filho. Por ser um momento único e importante, ter alguém que se ama ao lado para dar forças e ajudar emocionalmente, faz toda a diferença;
Na hora do parto, é muito importante que a parturiente se sinta segura, por isso, a equipe médica e todos que estão envolvidos no processo, precisam informar à gestante de forma clara todos os procedimentos que serão feitos e por que eles serão realizados. Além de ser imprescindível que as escolhas da mãe sejam respeitas e nenhuma intervenção seja feita sem o seu consentimento.
Caso seja de escolha da mãe, na hora do parto, ela pode ser assistida por técnicas naturais de relaxamento da dor como massagens relaxantes, exercícios de respiração e músicas. Além disso, massagens e compressas quentes podem ajudar a evitar lesões do períneo.
“É importante destacar também que, se for do desejo da mãe, durante o parto vaginal, ela pode receber anestesia. Entretanto, a equipe de parto humanizado tenta, inicialmente, técnicas de relaxamento não-farmacológicas”, ressalta o Dr. Márcio Alcântara.
A parturiente pode ingerir alimentos energéticos e de rápida absorção. Para que o parto seja humanizado, a mãe precisa estar fortalecida e bem hidratada. A lavagem estomacal, por exemplo, é um procedimento que desumaniza o parto.
Logo após o nascimento, é importante que o bebê seja entregue à mãe para que tenham o primeiro contato juntos. Se os dois estiverem saudáveis, não devem ser separados nos primeiros momentos de vida para que, dessa forma, se estabeleça um contato afetivo. Outro ponto importante é a amamentação, que deve ser estimulada para que o bebê receba o leite materno assim que possível.
Com a assistência humanizada, a mulher é a protagonista durante o parto, o que traz maior segurança para esse momento, pois apesar de ser especial, é também de muita vulnerabilidade. Além da segurança e do protagonismo, o parto humanizado também traz os seguintes benefícios para a mãe o recém-nascido:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esperar o trabalho de parto começar e a criança vir ao mundo de forma natural, é considerado o método mais seguro de dar à luz. Por isso, quando a gestação é feita corretamente e a escolha do parto é realizada de acordo com o desejo da mãe e com as recomendações do obstetra, o parto se torna mais seguro e confortável para todos que estão envolvidos.
“A decisão de como será o parto deve ser uma discussão entre a mãe e seu médico de pré-natal para que possam visualizar no parto vaginal a melhor opção. Dessa forma, respeitando o processo natural de nascimento, além de estimular o vínculo entre mãe e bebê de forma mais acelerada, evita-se um nascimento precoce – antes das 39 semanas – que pode ocasionar um risco para a adaptação neonatal”, explica o Dr. Márcio Alcântara.
A violência obstétrica acontece quando há o desrespeito e agressão da mulher durante a gestão, parto e pós-parto. Procedimentos cirúrgicos não autorizados e violência psicológica são uma das formas de violência obstétrica praticadas contra a mulher.
Muitas vezes, a violência obstétrica cometida contra a mãe durante o parto é vista como procedimento de rotina, mas, na realidade, são desnecessários. Com o parto humanizado, evita-se que esse tipo de conduta aconteça, fortalecendo a segurança e confiança da mulher durante o parto.
Para tornar o parto humanizado cada vez mais comum e uma realidade para todas as gestantes, a Agência Nacional de Saúde (ANS) desenvolveu o Projeto Parto Adequado que tem o objetivo de identificar modelos inovadores e mais viáveis de nascimento, priorizando o parto natural e diminuindo o número de cesáreas sem indicação clínica.
Na Unimed Fortaleza, o Hospital Unimed faz parte do seleto grupo de operadoras que apoiam o projeto e oferece toda a estrutura necessária para receber as gestantes que desejam realizar o parto natural, contando com salas de parto equipadas com:
Além de disponibilizar uma equipe médica composta por obstetras 24h na Emergência, anestesistas em plantão presencial, enfermeiras obstetras e UTI Neonatal de referência com dois neonatologistas.
Agora convidamos você a conhecer mais a estrutura da Unimed Fortaleza e nossos projetos pensandos para gestantes e bebês. Assista ao vídeo abaixo e acompanhe a Diretora do Hospital Unimed em um tour fascinante!
Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico ginecologista e obstetra da Unimed Fortaleza, Dr. Márcio Alcântara (CRM – 5861 CE)
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