Cuidar de Você 01 de Dezembro de 2017

Tudo que você precisa saber sobre infertilidade feminina


Para algumas mulheres o sonho da vida é não somente ter sucesso profissional, tampouco financeiro; para muitas delas, o grande sonho da vida é ser mãe. No entanto, em alguns casos, esse sonho pode ser interrompido por dificuldades de engravidar; e diversas são as causas que fazem com que haja a infertilidade feminina.

Mulher segurando teste de gravidez negativo

Para ajudar no sonho dessas mulheres, preparamos este post, com informações sobre a infertilidade, como causas, descoberta e tratamentos. Confira!

Quais são as causas da Infertilidade Feminina?

Listaremos abaixo algumas das causas da infertilidade feminina, entretanto, é importante salientar que a principal causa desse dificuldade de engravidar é a idade, tendo em vista que influencia diretamente na qualidade e quantidade de óvulos. De acordo com o médico Evangelista Torquato, a idade em que a mulher está mais apta a engravidar é a de até 35 anos, e aumentando de idade há chances menores de engravidar rapidamente. Abaixo, veja as demais causas e os porquês da infertilidade feminina.

Problemas na ovulação

Mensalmente as mulheres liberam o óvulo armazenado nos ovários e este processo é chamado de ovulação. As mulheres que apresentam período menstrual regular, tem ovulação normal. No entanto, há aquelas mulheres que não ovulam normalmente, nas quais há a irregularidade da menstruação. Há também aquelas que apresentam ovários com múltiplos microcistos, essas possuem a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Todas essas mulheres possuem uma ovulação anormal e isso pode ocasionar a dificuldade de engravidar.

Endometriose

Uma das causas da infertilidade feminina é a endometriose. Primeiramente é importante saber o que o endométrio é a parte interna do útero, que faz com que haja a menstruação. Neste tipo de patologia, fragmentos do endométrio ficam fora do útero e a forma mais comum de alocação dos fragmentos é na região pélvica, no qual aderem a outros órgãos. Ou seja, o endométrio acaba por se localizar onde não deveria.

De acordo com o Dr. Evangelista, a doença pode ser percebida através de dores pélvicas, além de melhora da constipação no período menstrual e dores no ato sexual.

Alterações tubárias

Algumas alterações tubárias podem influenciar na infertilidade feminina. São as deformações, os encurtamentos ou obstruções nas tubas, que fica entre o útero e o ovário. Estas alterações impendem que haja a concepção.

Como descubro se sou fértil?

A primeira fase de identificação é perceber se a ovulação está acontecendo de forma correta, perceber seu corpo. E como fazer isso? Observando se a menstruação ocorre de forma regular. Caso não aconteça isso pressupõe que a ovulação é rara e que há a dificuldade de engravidar.

Uma outra fase, que pode ocorrer concomitantemente, é a tentativa de engravidar. A mulher com até 35 anos deve manter relações com seu parceiro em dias alternados e esperar um ano até iniciar os exames e procurar assistência médica. Já na faixa etária dos 35 aos 39 esse índice já diminui para seis meses. Nas mulheres com mais de 40 anos a procura pelo médico e pelos exames deve ser imediata.

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Exames para diagnosticar a infertilidade feminina

Há uma infinidade de exames para diversos tipos de investigações acerca da infertilidade feminina. De início, para saber se há problemas hormonais e de ovulação é importante fazer exames de dosagem hormonal, ultrassom transvaginal, dentre outros. Todos esses exames podem ser feitos no Centro de Imagens e laboratórios da Unimed Fortaleza.

Outros exames podem identificar se há a integridade do útero, das trompas e do colo uterino.

Histerossalpingografia

Avalia a integridade das trompas e cavidade uterina através de um exame de raio-X.

Histerossonografia

Também avalia a cavidade uterina.

Ultrassom endovaginal

Diagnostica problemas que podem ocorrer no útero e ovário.

Videolaparoscopia

Detecta a endometriose e analisa.

Video-histeroscopia

Examina o interior do útero.

Teste Pós-Coito

Estuda o comportamento dos espermatozoides ao adentrar o universo feminino.

Casal em consulta médica para tratar infertilidade

Tratamentos para infertilidade feminina

Diversos são os tratamentos para infertilidade feminina, que variam por conta da particularidade de cada paciente. Para saber qual o tratamento ideal, é importante procurar um médico para que a assistência seja eficaz. Abaixo listaremos alguns tratamentos para que você conheça um pouco mais cada um deles.

Fertilização in Vitro (FIV)

Indicado para casais que já tentaram outros métodos, trata-se do procedimento em que, através de aspiração folicular, os óvulos são removidos e colocados com os espermatozoides do parceiro.

Inseminação intrauterina

Utilizada em casos de endometriose leve, distúrbios de ovulação, dentre outras patologias, este tipo de tratamento consiste na inserção de espermatozoides dentro do útero.

Indução da ovulação (coito programado)

Trata-se da indução da ovulação através do uso de medicamentos hormonais. Estes medicamentos atuam no ovário, fazendo com que eles sejam estimulados a produzir óvulos que podem ser fecundados.

Histeroscopia cirúrgica

Procedimento cirúrgico feito para tratar alguma alteração uterina que já havia sido diagnostica e que impedia a reprodução. Neste tratamento, o corpo estranho que estivesse impedindo a gravidez é retirado.

Videolaparoscopia ginecológica

Recomendada para o tratamento de Endometriose, cisto ovarino, mioma uterino, dentre outras patologias, a videolaparoscopia ginecológica é um procedimento cirúrgico usado para realizar intervenções em problemas no sistema reprodutor feminino.

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Procure um profissional

Diversas são as causas e os tratamentos que impactam no sonho em ter um filho. Mas para cada mulher, existe uma particularidade, e por este motivo é importante que se procure um especialista para que ele direcione qual o melhor tratamento para a idade e as causas da mulher.

evangelista-torquato

Conteúdo aprovado pelo médico Evangelista Torquato.
Formado pela Faculdade de Medicina do Ceará, realizou sub-especialização em Reprodução Humana na Universidade La Sapienza, na Itália. Referência na especialidade de reprodução humana, é membro da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, da Academia Americana de Medicina Reprodutiva e da Academia Européia de Embriologia e Reprodução Humana. Também é diretor do laboratório de fertilização in vitro, Andrologia e Criobiologia da BIOS.

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