Mamãe e Bebê 16 de Março de 2021

Exames pré-natal: quando começar, como são feitos e para que servem


A maternidade é um sonho para muitas mulheres e, nesse período tão especial, é importante manter uma rotina de cuidados para prevenir doenças ou complicações durante a gestação. Para isso, é indispensável a realização dos exames pré-natal.

Médico realizando exames pré-natal em gestante
Caso você esteja planejando engravidar, é importante fazer os exames pré-concepcionais como forma de identificar riscos e receber orientações específicas sobre a sua saúde para, dessa maneira, tratar possíveis complicações além de aumentar a possibilidade de uma gestação mais saudável.

Após a confirmação da gravidez, é importante iniciar as consultas e exames pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, durante a gestação, a mulher deve fazer cerca de seis ou mais consultas antes do nascimento do bebê, pois, dessa forma, é mais fácil de ter um acompanhamento adequado durante a gravidez.

Para tirar as suas dúvidas sobre quando começar e quais devem ser os exames pré-natal, convidamos o obstetra Márcio Alcântara, da Unimed Fortaleza, para conversar sobre o assunto. Continue lendo!

O que é pré-natal e por que devo fazê-lo?

O pré-natal é o acompanhamento médico e multiprofissional (enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicológos, educador físico, odontológico) que, idealmente, deve começar antes da gestação e continuar até o pós-parto.

Ele ajuda a identificar enfermidades preexistentes na mulher como diabetes e pressão alta, doenças que podem afetar o desenvolvimento do bebê ainda no útero, além de poder propiciar uma segura e proveitosa experiência de vida para a família na gestação, parto e pós-parto.

Quando começar as consultas pré-natal?

A consulta pré-natal é um cuidado com a saúde da mulher e do bebê durante os meses de gravidez. Ela é necessária para a verificação do estado físico da gestante de forma geral, controlar a pressão arterial, acompanhar o peso, aferir a altura do útero e da circunferência abdominal, auscultar os batimentos cardíacos do bebê, dentre outros procedimentos.

A partir da 20ª semana também começamos a acompanhar os movimentos do feto dentro do útero. Essa é outra forma de entender se tudo está ocorrendo de forma saudável lá dentro“, explica o Dr. Márcio Alcântara.

As consultas com o obstetra devem ocorrer mensalmente até o 7º mês de gestação. No 8º mês, é recomendado que a consulta pré-natal ocorra a cada 15 dias, já que está mais próximo do fim da gravidez. E, quando a mãe chega à 39ª semana, se possível, é importante a ida ao obstetra uma vez por semana, na gestação de baixo risco.

Essas consultas são importantes para que exista um acompanhamento do desenvolvimento do bebê“, alerta o especialista.

A primeira consulta pré-natal

O primeiro contato com o médico obstetra que irá acompanhar a sua gravidez será o mais longo. É na primeira consulta pré-natal que o médico irá entender quem é você e qual o seu histórico de saúde. Essa conversa deve ser sincera, pois, apenas dessa forma, ele poderá orientar e iniciar procedimentos para prevenir complicações.

Na primeira consulta, o médico também irá solicitar uma bateria de exames pré-natal que vão servir para orientá-lo em relação aos próximos passos do acompanhamento.

Quais são os exames pré-natal?

Os exames pré-natal acontecem ao longo da gestação e, em cada consulta, existe uma série de procedimentos que o médico irá fazer para garantir que a mãe e o bebê estejam saudáveis.

Os exames pré-natal são realizados para calcular ou acompanhar riscos e diagnosticar condições, propiciando intervenções, dar orientações para que a mãe possa compreender as mudanças que estão ocorrendo durante o período de gestação, além de ajudar a prevenir doenças e ampliar o autocuidado e o cuidado com o filho“, complementa o Dr. Márcio Alcântara.

Confira abaixo a lista de exames

  • Hemograma completo – importante para avaliar, principalmente, a anemia que tende a ser comum na gravidez;
  • Glicemia de jejum e teste glicêmico – para conferir se há diabetes;
  • Coagulograma – para verificar problemas sanguíneos preexistentes;
  • Tipagem sanguínea e determinação de fator RH – para avaliar risco de eritroblastose fetal ou ecterícia no recém-nascido;
  • Sorologia para hepatite B e C, sífilis, HIV, toxoplasmose e citomegalovírus – todas essas doenças podem ocasionar a malformações e até a morte do bebê. O exame permite a identificação dessas enfermidades e, após identificadas, é possível começar o tratamento para reduzir os riscos de transmissão na hora do parto e, caso haja transmissão, amenizar as sequelas que podem ocorrer no bebê;
  • Papanicolau – para verificar a existência de câncer de colo de útero;
  • Protoparasitológico de fezes conhecido popularmente como exame de fezes – serve para identificar possíveis infecções intestinais;
  • Urina e urocultura – para identificar bactérias nos órgãos do aparelho urinário como rins e bexiga;
  • Ultrassonografias;
  • TSH – para verificar risco de hipo ou hipertireoidismo.

É importante ressaltar que o teste glicêmico e sumário de urina devem ser realizados entre 24 e 26 semanas e no terceiro trimestre. Após as 28 semanas, deve-se repetir o hemograma, sorologia para síflis e anti-HIV, urocultura e sumário de urina, sendo que o exame de igM de toxoplasmose pode ser necessário ser feito pelo menos a cada trimestre. Ao final da gestação, deve ser feita a pesquisa do streptococos beta hemolítico.

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Pré-natal de alto risco, o que é?

Quando a gestante apresenta doença crônica, possui um histórico de gestações passadas de alto risco ou desenvolve enfermidades que podem afetar o desenvolvimento uterino do bebê ou no pós-parto, ela acaba se encaixando como uma gravidez de alto risco. Nestes casos, o pré-natal é considerado de alto risco e, por precisarem de mais cuidado, o médico pode solicitar exames pré-natal com mais frequência.

Doenças crônicas

  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Lúpus;
  • Doenças psiquiátricas neurológicas ou cardíacas;
  • Infecções crônicas (Hepatite e HIV).
  • A gestação anterior pode ser considerada de alto risco quando:
  • Gravidez anterior com histórico de hipertensão arterial;
  • Abortos de repetição ou partos prematuros;
  • Descolamento prévio da placenta.

A gestação atual pode ser considerada de alto risco quando há o desenvolvimento de diabetes que não existia antes, descoberta da pré-eclâmpsia ou infecção viral ou bacteriana.

O pré-natal é considerado de baixo risco quando a gravidez não exige intervenções de alta complexidade e quando a saúde da mãe está estável sem doenças preexistentes ou adquiridas ao longo da gestação.

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Devo tomar vitaminas no pré-natal?

Durante a gravidez, é natural que a necessidade de vitaminas e minerais aumente, afinal, existe uma vida sendo desenvolvida dentro do corpo da mulher. A depender das modificações metabólicas de cada mulher, o corpo pode precisar de 10 a 50% a mais de vitaminas e minerais.

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Para suprir essa necessidade, o apetite da gestante aumenta naturalmente e essa reposição deve ser feita de forma natural por meio de uma alimentação rica em nutrientes e proteínas.

Em alguns casos, a reposição de vitaminas e minerais não é suprida por meio da dieta e, nessa situação, a gestante pode precisar de suplementação de vitaminas e minerais faltantes.

A suplementação de vitaminas e minerais deve ser feita com cautela e sob orientação médica. Vitaminas e nutrientes são importantes, mas quando em excesso no corpo da mulher, pode não ser benéfica para o bebê“, alerta o dr. Márcio Alcântara.

Projeto Parto Adequado na Unimed Fortaleza

Além do pré-natal, outra dúvida recorrente entre as gestantes é a escolha do parto. Pensando nisso, convidamos você para conhecer o Projeto Parto Adequado, que busca garantir mais segurança para mãe e o bebê e melhorar a experiência do parto, valorizando o parto humanizado no Hospital Unimed. Quer saber mais? Clique aqui e saiba como funciona o Projeto Parto Adequado na Unimed Fortaleza.

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Dr. Marcio Alcantara

 

Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico ginecologista e obstetra da Unimed Fortaleza, Dr. Márcio Alcântara (CRM – 5861 CE)

 

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