O exame de endoscopia digestiva alta é minimamente invasivo e ajuda a diagnosticar possíveis problemas no sistema digestivo. Tire agora todas as dúvidas!
Para realizar o diagnóstico preciso de algum problema do sistema digestivo, o médico pode solicitar a realização do exame esofagogastroduodenoscopia (EGD), também conhecido como endoscopia digestiva alta.
O exame é minimamente invasivo e seguro, e é por meio dele que o médico consegue visualizar a mucosa dos órgãos do trato digestivo alto, ou seja, esôfago, estômago e duodeno – primeira parte do intestino delgado.
Para explicar como é realizada a endoscopia digestiva alta, para quem é indicada, quais as contraindicações e como o paciente deve se preparar para o exame, convidamos a médica endoscopista da Unimed Fortaleza, Dra. Alana Borges (CRM 11120). Continue a leitura!
O exame de endoscopia digestiva alta é considerado minimamente invasivo, pois é feito com um endoscópio de espessura fina com uma câmera na ponta que tem a capacidade de aumentar a imagem em 40 vezes.
O aparelho é inserido via oral no paciente e as imagens são transmitidas em tempo real para uma tela, possibilitando ao médico avaliar se há lesões e se será preciso fazer intervenções ou não.
O exame pode ser realizado por médicos especialistas em endoscopia digestiva ou gastroenterologia, podendo ser feito em clínicas médicas ou em hospitais e não há necessidade de internação do paciente.
A endoscopia digestiva alta é indicada quando o paciente apresenta sintomas de doenças esofágicas, gástricas ou duodenais, como refluxo, dor ou desconforto abdominal de longa duração, gastrite e úlcera. Os sintomas mais comuns são:
“O exame também pode ser indicado em pacientes com sintomas sistêmicos como anemia, intolerância alimentar e até neoplasias, podendo ser incluído nos exames de estadiamento, que é realizado em pacientes oncológicos com o objetivo de determinar o prognóstico do câncer e planejar a melhor forma de tratamento”, explica a Dra. Alana Borges.
Para que o médico tenha uma visualização completa dos órgãos analisados, é importante que o paciente faça jejum de 8 horas e dê preferência aos alimentos mais leves, evitando alimentos de difícil digestão como carne vermelha ou com alto teor de gordura no dia anterior ao exame.
“Além do jejum alimentar de 8 horas, é importante realizar a suspensão prévia de alguns medicamentos como anticoagulantes e antibióticos. Caso o paciente seja diabético, o remédio também deve ser suspenso no período do jejum”, orienta a Dra. Alana Borges.
Sim. Para realizar exame de endoscopia digestiva alta é necessária uma combinação de anestesia local e sedação endovenosa, que é feita pelo médico que realizará o exame. Durante o procedimento, o paciente não perde completamente a consciência, mas permanece relaxado e sem dor e a maioria dorme durante o exame.
Ao acordar do procedimento, que pode durar entre 5 e 20 minutos, geralmente o paciente não se lembra do que aconteceu, a falta de memória é causada pelos sedativos, que têm como efeito colateral a amnésia.
Mesmo sendo uma sedação leve, para realizar a esofagogastroduodenoscopia, o paciente precisa levar um acompanhante maior de 18 anos que ficará responsável por receber o exame, peças de biópsia, as recomendações médicas e conduzir o paciente de volta para casa.
?O efeito do sedativo tende a durar de 30 a 60 minutos, mas é comum que o paciente fique sonolento ao longo do dia. Vale ressaltar que o sedativo é aplicado pelo médico endoscopista ou gastroenterologista. Em alguns casos específicos, como o de crianças, idosos ou pessoas com comorbidades, se faz necessário a participação adicional do anestesista?, explica a Dra. Alana Borges.
São poucas as contraindicações para fazer o exame e a principal é a falta de consentimento do paciente. Entretanto, casos cirúrgicos de urgência, pós-operatório abdominal recente ou distúrbios de coagulação são contraindicações para realizar o procedimento.
Além disso, para gestantes, crianças, pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou neurológicos e idosos acima de 80 anos, a indicação para realizar a endoscopia digestiva alta precisa ser avaliada caso a caso, com um diálogo transparente entre médico e paciente ou responsável legal.
O exame de endoscopia pode ser repetido em caso de necessidade, como nos casos em que o médico não consegue visualizar corretamente os órgãos do sistema digestivo alto ou se houver necessidade de biopsiar lesões de risco. A periodicidade de realização do exame será avaliada pelo médico e pode variar de acordo com cada caso.
“Antes de repetir precocemente a endoscopia digestiva alta, é importante levar em consideração o tempo de preparo para o exame e verificar a resposta para possíveis tratamentos médicos de condições como úlcera, gastrite e esofagite que possam estar em andamento, além de ter certeza que não foi possível analisar o sistema digestivo de forma satisfatória”, explica Dra. Alana Borges.
Em geral, não há efeitos colaterais do exame. O que pode acontecer são reações como hematomas no local do acesso venoso, alergia às medicações e, muito raramente, a perfuração após procedimentos terapêuticos difíceis como passagem de prótese, dilatação do esôfago e mucosectomias ou dissecções submucosas, que consistem em técnicas avançadas de ressecção de lesões pré-malignas ou malignas.
“O exame em si não causa efeitos colaterais, mas pode ocorrer do paciente apresentar reações devido ao uso de sedativos. É normal ficar com o batimento cardíaco mais lento, se sentir sonolento e ter uma leve baixa da pressão arterial. Porém, esses efeitos tendem a passar na primeira hora após despertar do procedimento”, pontua a médica.
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*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica endoscopista da Unimed Fortaleza, Dra. Alana Costa Borges (CRM 11120).
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