Neste conteúdo, explicamos quais são os cuidados necessários para evitar a leptospirose e o que acontece quando uma pessoa é infectada. Continue lendo!
Durante a época de chuvas, é comum vermos mais casos de leptospirose. Isso ocorre porque as enchentes fazem com que os bueiros e esgotos transbordem, trazendo água contaminada para as ruas.
No Brasil, os principais transmissores da doença são os ratos e demais mamíferos como cachorros, gatos e ovelhas, que não adoecem, mas passam a infecção para o ser humano por meio da urina infectada.
A leptospirose é uma doença grave, mas pode ser tratada de maneira eficaz quando descoberta em tempo hábil. Para explicar sobre as formas de transmissão e cuidados preventivos, convidamos a médica infectologista da Unimed Fortaleza, Dra. Roberta Santos Silva (CRM 4935 CE). Saiba mais a seguir!
A leptospirose é causada por uma bactéria chamada Leptospira e é facilmente encontrada na urina de ratos (ratazanas e camundongos), além de mamíferos como cachorros, gatos, ovelhas, dentre outros.
A Dra. Roberta Silva afirma que a infecção é mais comum no período chuvoso devido às inundações e enchentes, que trazem a água infectada dos bueiros para a superfície das cidades.
“A bactéria da leptospirose pode sobreviver por tempo indefinido nos rins de animais infectados sem causar-lhe danos. Durante as enchentes, a água pode permanecer contaminada pela bactéria por até 6 meses, elevando o risco de transmissão mesmo após a diminuição do nível da água”, conclui a médica da Unimed Fortaleza.
Como explicamos acima, a bactéria da leptospirose chega ao solo por meio da urina do animal infectado, sendo a principal causa da doença.
Pessoas podem ser infectadas pela bactéria através de feridas na pele, mucosas dos olhos ou pela boca. A contaminação também pode chegar até aos pulmões nos casos em que a água contaminada é ingerida.
“Ao atingir o ser humano através da mucosa dos olhos ou via respiratória, a bactéria da leptospirose chega aos vasos linfáticos e acaba se espalhando pelo corpo podendo causar a bacteremia – quando há presença de bactéria na corrente sanguínea -, e até sepse, que é uma infecção generalizada”, explica a médica.
Após infectado, o tempo de incubação da bactéria é variável, mas gira em torno de 1 a 2 semanas após a exposição. Em alguns casos, pode acontecer dos sintomas aparecerem 1 dia após a infecção e, em situações extremas, 1 mês após a contaminação.
Vale reforçar que os animais infectados podem eliminar a bactéria por meses, anos ou durante toda a vida, por isso é tão importante manter o controle sanitário nas regiões onde são comuns enchentes, inundações ou alagamentos.
A leptospirose pode ser assintomática ou se manifestar com poucos sintomas, até de maneiras graves e fulminantes. A manifestação da doença pode ser classificada em duas fases: a precoce e a tardia.
A maneira precoce é geralmente a mais comum e a menos grave, apresentando sintomas como:
Já a forma tardia da leptospirose, que é a mais grave, ocorre após a 1ª semana da doença e pode incluir sintomas como:
“Nos casos mais graves da leptospirose, as alterações pulmonares podem levar a uma síndrome da angústia respiratória do adulto”, pontua a Dra. Roberta Silva.
Ainda não há vacina disponível para leptospirose, mas o tratamento feito com antibiótico é eficaz quando iniciado em tempo hábil.
A Dra. Roberta Silva explica que, na fase precoce, o tratamento contra a leptospirose pode ser feito em casa com o uso do antibiótico caso o paciente não esteja com queixas de dores gastrointestinais.
Já na fase mais grave da doença, o tratamento precisa ser realizado por meio da internação do paciente com suporte de hidratação venosa para reverter a insuficiência renal e controlar o quadro hemorrágico.
Durante esse período é necessário evitar a automedicação e seguir as orientações médicas. “É importante evitar o uso de AAS (ácido acetilsalicílico) e derivados, devido ao risco de sangramento. E medicamentos como paracetamol e anti-inflamatórios como nimesulida, cetoprofeno, diclofenaco, pois há o risco de hepatite bacteriana ou medicamentosa”, esclarece a infectologista.
É importante também hidratar-se bastante e fazer uma alimentação mais leve, mas rica em nutrientes, de acordo com a orientação médica.
Sim. “A letalidade da leptospirose pode chegar a 40% na sua fase mais grave, principalmente se o paciente não conseguir ser internado em um hospital com suporte de UTI”, explica a infectologista.
Além disso, o risco de óbito também depende da demora para o diagnóstico e da falta de assistência médico-hospitalar intensiva.
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A melhor forma de evitar a leptospirose é com a prevenção. Siga as orientações da médica infectologista:
Evite automedicação em caso de suspeita de infecção por leptospirose.
Agora que você já entendeu as causas e conheceu as formas de prevenção da leptospirose, não esqueça que no período chuvoso outras doenças como dengue, Zika e Chikungunya também são comuns. Preparamos um conteúdo exclusivo para você conhecer quais são os tipos de dengue e as diferenças entre zika e chikungunya!
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica infectologista da Unimed Fortaleza, Dra. Roberta Santos Silva (CRM 4935 CE).
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