Você sabe qual a diferença entre HIV e AIDS? Apesar de estarem relacionados, os termos não são sinônimos e caracterizam fases diferentes da infecção. Saiba mais!
Em dezembro, é celebrado o “Dezembro Vermelho”, campanha que faz alusão à conscientização sobre HIV e AIDS e tem o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o que é a infecção, além de chamar atenção para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do cuidado com a saúde sexual.
No Brasil, de acordo com a UNAIDS, programa das Nações Unidas que coordena as respostas em relação à epidemia global da Aids, mais de 1 milhão de pessoas vivem com HIV no país. Em 2022, houve um salto nos registros com 16,7 mil novos casos da infecção.
Os dados nos mostram que é preciso fortalecer cada vez mais as informações sobre o assunto a fim de reduzir a crescente de casos. Para tirar suas dúvidas sobre o que é e quais as diferenças entre HIV e Aids, convidamos a médica infectologista da Unimed Fortaleza, Dra. Lícia Borges Pontes (CRM 9781 CE). Continue a leitura!
Apesar de estarem relacionados, HIV e Aids não são a mesma coisa. HIV é a sigla do “human immunodeficiency virus”, que, em português, significa vírus da imunodeficiência humana. Aids é a doença causada por esse vírus, que é a síndrome da imunodeficiência adquirida. Ou seja, a diferença é que HIV é o vírus que pode causar a doença Aids.
Sim, desde que seja feito o tratamento de forma adequada. “Com as possibilidades de tratamento atual, é possível viver com o HIV e nunca desenvolver Aids, desde que o tratamento seja feito de forma precoce e contínua”, explica a infectologista Dra. Lícia Borges Pontes.
Agora que já explicamos quais as diferenças entre HIV e Aids, entenda quais são as formas de transmissão do HIV:
Os primeiros sintomas de uma pessoa infectada com HIV podem ser como os de uma virose forte e o paciente pode apresentar:
“Esses sintomas podem durar cerca de 1 ou 2 semanas. Em seguida, a pessoa fica sem sintomas por anos até que o vírus se multiplique muito no organismo e vença toda a sua imunidade. É nesse momento que a pessoa infectada pelo HIV pode desenvolver Aids. Porém, esse quadro pode levar até 10 anos para acontecer”, explica a médica.
Já na Aids, que é a síndrome da imunodeficiência adquirida, os sintomas apresentados são:
O HIV-1 é mais comum e globalmente distribuído e é responsável pela grande maioria das infecções de HIV no mundo. Já o HIV-2 é mais comum em algumas regiões da África Ocidental como Senegal, Costa do Marfim, Mali e Guiné-Bissau.
A Dra. Lícia Borges Pontes explica que apesar dessas diferenças, as abordagens de prevenção e tratamento são semelhantes para ambos os tipos de infecção. “O ideal é que haja um reforço, não apenas no Dezembro Vermelho, mas durante todo o ano, em relação à importância da educação sobre a prevenção, diagnóstico precoce e formas de tratamento do HIV, independentemente do tipo”.
Os exames que dão o diagnóstico de HIV podes ser feitos em laboratórios e postos de saúde. É o ELISA para HIV ou o teste rápido para HIV. Todos eles são muito confiáveis e sempre devem ser repetidos e confirmados para ser emitido um laudo diagnóstico de infecção pelo HIV.
Já para dar o diagnóstico de Aids, o exame laboratorial é a contagem de células T CD4+, que detecta o grau de imunidade do indivíduo. Quando está menor que 350 células/ml significa que o paciente tem critério laboratorial para a Aids. Mas o diagnóstico de Aids é mais clínico que laboratorial; sendo a presença de doenças específicas que são consideradas definidoras de Aids.
A forma mais eficaz de se prevenir do HIV é a prática do sexo seguro! Por isso, é importante:
Outras estratégias muito interessantes são a PrEP e a PEP, que são profilaxias que se fazem antes de ter contato com o HIV e após ter contato com o HIV.
Para o uso da PEP (profilaxia pós exposição ao HIV) é necessário procurar o sistema de saúde em até 72h (quanto antes melhor) após um contato sexual desprotegido intencional ou não. Todas as pessoas têm o direito de receber uma medicação gratuitamente pelo sistema de saúde (SUS) para tomar por 28 dias e evitar infecção secundária à aquela exposição.
Já a PrEP é a profilaxia pré exposição ao HIV. Pode e deve ser usada quando o seu estilo de vida proporciona repetidas situações de risco para infecção pelo HIV e, nesse contexto, você pode se beneficiar de tomar uma medicação específica para prevenir o HIV. A medicação pode ser prescrita pelo seu infectologista e é distribuída também gratuitamente pelo SUS.
“Gosto de pontuar que o HIV não mata e, nos dias atuais, a vida pode ser longa e plena mesmo vivendo com HIV, desde que você faça o seu tratamento corretamente! A Aids é decorrente de infecção pelo HIV não tratada e essa pode matar”, destaca a médica.
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Agora que você já sabe quais as diferenças entre HIV e Aids, fique atento à prevenção! Respondemos às principais dúvidas sobre sexo e explicamos o que você precisa saber para fazer sexo com segurança neste conteúdo. Confira desde dicas de higiene até riscos do sexo oral!
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica infectologista da Unimed Fortaleza Dra. Lícia Borges Pontes (CRM 9781 CE).
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