Os antibióticos são medicamentos eficazes e capazes de tratar diversas doenças, mas o uso de antibióticos em crianças de maneira indevida apresenta riscos para a saúde. Continue lendo para saber mais!
Quando os filhos ficam doentes, tudo o que os pais mais desejam é acabar com o mal-estar dos pequenos. Não é raro que o primeiro impulso seja levar a criança ao pronto-socorro e esperar pela receita do antibiótico que resolverá todos os problemas. Essa situação soa familiar para você?
Acontece que, sim, os antibióticos são medicamentos eficazes, mas não são adequados nem indicados para todos os tipos de doenças. Pelo contrário, o uso de antibióticos em crianças de maneira indevida pode resultar em prejuízos graves à saúde.
Para entender melhor como o antibiótico age no organismo e quando é seguro usá-lo no tratamento de crianças, convidamos a pediatra da Unimed Fortaleza, Dra. Lúcia Teles Quinderé (CRM 4723 CE). Confira a seguir!
Os antibióticos são medicamentos que tratam exclusivamente infecções causadas por bactérias. Eles agem de duas formas: destruindo as bactérias ou impedindo o seu crescimento.
“É importante reforçar que antibióticos são medicamentos eficazes contra bactérias, mas não funcionam, em nenhuma hipótese, contra vírus. Por isso, não adianta utilizar esse tipo de remédio contra resfriados, viroses e quadros alérgicos, pois além de não ajudar, pode causar problemas ao sistema imunológico da criança”, explica a pediatra Dra. Lúcia Teles Quinderé.
O maior risco do uso impróprio de antibióticos em crianças está associado à resistência bacteriana, que nada mais é que a resistência dos microrganismos que causam a doença aos antibióticos.
“Ao usar antibióticos com frequência ou inadequadamente, as bactérias podem se tornar resistentes ao tratamento. Isso significa que, em situações futuras, infecções que seriam tratadas facilmente podem ficar mais difíceis de curar e exigir medicamentos cada vez mais fortes, mais caros e com mais efeitos colaterais”, explica a médica.
A resistência bacteriana acontece quando os microrganismos evoluem e deixam de responder ou respondem menos ao tratamento com o medicamento.
Especialistas explicam que é natural que a resistência bacteriana ocorra após muitos anos, normalmente por conta de alterações genéticas, mas no cenário atual esse processo tem sido acelerado cada vez mais pelo uso excessivo dos antibióticos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população mundial já é resistente aos antibióticos mais comuns. Por esse motivo, se faz cada vez mais necessário o uso de antibióticos em crianças de forma segura.
A situação de resistência a esse tipo de medicamentos é agravada pelo fato de que muitos pais utilizam antibióticos sem a orientação adequada de um médico, subestimando os riscos presentes e futuros.
Além da resistência bacteriana, outros riscos estão associados ao uso incorreto de antibiótico em crianças. Confira!
Ao identificar problemas comuns como diarreia, febre, nariz entupido, tosse ou machucados, não leve imediatamente ao pronto-socorro. “O ideal é observar a criança nas primeiras 48h e, caso os sintomas evoluam, procurar um atendimento médico. A ida impulsiva ao hospital pode expor a criança a outras doenças mais graves, piorando o quadro”, orienta a Dra. Lúcia Ribeiro.
Em casos leves e moderados, clientes da Unimed Fortaleza podem utilizar o Pronto Atendimento Virtual Pediátrico para se consultar no conforto do seu lar e ter as orientações iniciais.
É importante que um especialista acompanhe a rotina da criança com exames e consultas periódicas. Caso alguns sintomas apareçam, os pais podem marcar uma consulta e o pediatra irá avaliar a necessidade de tratamento com antibióticos ou não.
Lembre-se que, na maioria dos casos como tosse, diarreia, resfriado e quadros alérgicos, o uso de antibióticos não é necessário. Caso o médico tenha receitado o uso de antibiótico, siga as orientações à risca, respeitando os horários, dosagem e duração do tratamento.
“Vale reforçar que não é adequado interromper o uso do medicamento sem orientação médica, mesmo que os sintomas melhorem, além disso, não compartilhe medicamentos entre irmãos ou conhecidos”, pontua a pediatra.
Além das consultas de rotina com o pediatra, ter uma alimentação saudável e manter atualizado o calendário de vacinas, são formas de reduzir a necessidade do uso de antibióticos em crianças com frequência.
“A saúde infantil é de responsabilidade dos pais e dos responsáveis, por isso é importante que a atenção aos cuidados da criança aconteça diariamente com uma boa alimentação, rotina de atividade física e boa qualidade do sono. Essas são maneiras de prevenir doenças e infecções. Além disso, a medicação sem prescrição médica não é recomendada em nenhuma circunstância”, reforça a médica.
Agora que você já conhece quais são os riscos do uso de antibióticos em crianças e anotou as dicas da pediatra, escolha um especialista mais próximo de você para cuidar regularmente da saúde dos pequenos!
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*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica pediatra da Unimed Fortaleza, Dra. Lúcia Teles Quinderé (CRM 4723 CE).
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