Já acordou e não conseguiu se mexer, com sensação de falta de ar, medo, aprisionamento e como se estivesse fora do corpo? Esses são sinais da paralisia do sono.
Se você já ouviu falar sobre a paralisia do sono antes, pode ter escutado por aí que a condição está associada a questões sobrenaturais, mas não é verdade.
Na realidade, a crise de paralisia do sono é bastante comum e tende a acontecer na fase mais leve do sono, quando estamos no estado de transição entre estar acordado e quase adormecendo. Ela também é um sintoma da narcolepsia, um transtorno do sono que, dentre outros sintomas, é caracterizado por sonolência diurna excessiva e fragmentação do sono ao longo do dia.
Para tirar as suas dúvidas sobre o assunto, convidamos a psiquiatra da Unimed Fortaleza, Dra. Gisele Serpa (CRM-CE 11298). Continue a leitura!
A paralisia do sono é um distúrbio que tende a acontecer na fase mais leve do sono, quando acontece a retomada da consciência durante o sono ao mesmo tempo em que ocorre uma fraqueza muscular. Nessas situações, é comum sentir uma incapacidade momentânea de se movimentar ou tentar falar e não conseguir.
A paralisia é mais comum na segunda década da vida, entre os 20 e 30 anos de idade, mas pode acontecer em qualquer fase e não tem distinção de gênero. Normalmente, quando se está muito cansado ou estressado, os episódios podem acontecer mais de uma vez por mês.
“Quando esses episódios acontecem, é comum ter uma ansiedade por se sentir aprisionado dentro do corpo. O distúrbio pode durar alguns segundos ou minutos, causando medo e impotência. Isso acontece porque durante esse momento, os músculos, que já estavam relaxados, não respondem às informações enviadas pelo cérebro”, explica a Dra. Gisele Serpa.
Não existe na literatura médica um fator causal claro, mas algumas situações de risco podem contribuir para o aparecimento dos episódios de paralisia do sono como:
Os sintomas mais comuns são:
“Algumas pessoas podem ficar traumatizadas durante a situação de paralisia do sono, isso acontece porque a experiência da paralisia é física e psicológica, e o paciente pode experimentar alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas, que são experiência visuais, auditivas ou táteis vívidas que podem ocorrer logo que se adormece (hipnagógicas) ou, às vezes, logo após o despertar (hipnopômpicas)”, explica a médica.
O tratamento é realizado com medidas comportamentais de higiene do sono e com medicamentos que possam ajudar o indivíduo a permanecer acordado durante o dia para que tenha um sono de qualidade à noite.
Adotar hábitos de vida saudáveis, com uma rotina de sono, evitar usar dispositivos eletrônicos e ingerir bebidas ricas em cafeína antes de dormir, são formas de prevenir que a paralisia do sono aconteça, assim como ter uma alimentação balanceada praticar atividade física e evitar situações de estresse contribuem para uma vida mais tranquila.
Apesar de causar medo em quem sente, ao perceber uma crise de paralisia do sono, é importante tentar manter a calma e lembrar que ela é uma condição temporária com duração máxima de 4 minutos. Algumas ações podem ajudar a passar pelo episódio de forma mais rápida e menos traumática, como:
“Quando houver a suspeita de paralisia do sono, o ideal é buscar aconselhamento com um médico especialista em Medicina do Sono, que vai investigar melhor a situação, solicitando uma polissonografia com latência de sono”, aconselha a psiquiatra.
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Indiretamente, a paralisia do sono pode causar a morte do paciente, como, por exemplo, se estiver associada à narcolepsia, já que ela é uma parassonias limitante, e pode levar o indivíduo a adormecer em situações de risco, como ao dirigir veículos.
“Parassonia são transtornos do sono caracterizados por experiências de comportamentos ou eventos psicológicos anormais como bruxismo, pesadelos, sonambulismo, terrores noturnos e transtornos de movimento”, explica a Dra. Gisele Serpa.
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*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica psiquiatra da Unimed Fortaleza Dra. Gisele Serpa (CRM-CE 11298).
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