Podendo ter várias causas e ser sentida em graus diferentes, a lombalgia é um problema que incomoda grande parte da população. No Brasil, é a segunda maior causa de afastamentos do ambiente de trabalho. Entenda agora como ela se manifesta e o que fazer para evitá-la.
A nossa coluna é composta por um grande número de estruturas, como: tendões, ossos, ligamentos, músculos, etc. Por conter tantos componentes, há várias causas diferentes para as dores na coluna.
Dentre essas causas, destacamos a lombalgia, uma dor sentida na região lombar inferior que pode ser classificada como aguda, subaguda ou crônica.
A lombalgia aguda é o famoso “mau jeito” na coluna. Nesse grau, a dor é forte, dura menos de três semanas e aparece repentinamente depois de um esforço físico, por exemplo. A dor também pode ser sentida nas nádegas e na parte posterior da coxa.
Essas dores ocorrem na população mais jovem e têm como causa a inflamação das estruturas que formam a região lombar, geralmente causada por uma pancada ou por esforço excessivo.
As dores decorrentes da lombalgia subaguda também são muito fortes, chegando a durar de um a três meses. Assim como na fase aguda, o desconforto gerado apresenta um quadro de melhora natural ao longo do tempo, caso não exista uma sobrecarga física ou repetição de atividades em postura viciosa.
Mais comum em idosos, a lombalgia crônica causa dores que podem ser sentidas por um período maior que três meses. No entanto, as causas desses desconfortos ainda não podem ser definidas de forma direta, visto que podem depender de fatores como tabagismo, estresse, histórico de trabalho, etc. Para o diagnóstico correto, procure sempre um médico especialista.
A maioria das dores na lombar ocorrem pelo esforço excessivo da coluna, que podem ser ocasionados por:
Entre os casos de lombalgia registrados, a causa mais frequente diz respeito ao erro na postura, seja para sentar, se abaixar, se deitar ou para carregar peso. Já ensinamos nesse vídeo qual a forma correta de sentar e agachar, evitando prejuízos para a coluna.
O principal sintoma da lombalgia é a dor na região mais baixa da coluna, na altura da cintura. Surgindo de forma discreta, essas dores podem se intensificar e até se irradiar para outras áreas do corpo, como as pernas. Conheça 5 sintomas que podem surgir:
Dependendo do grau de dor que a pessoa esteja sentindo, sua rotina pode acabar sendo afetada se ela não iniciar um tratamento adequado. Em decorrência disso, a lombalgia é considerada pelo Ministério da Saúde como a maior causa de afastamento do trabalho.
Em primeiro lugar, é preciso procurar um médico reumatologista para diagnosticar o caso e recomendar o tratamento mais adequado. Durante a consulta, o profissional costuma realizar um exame físico para identificar os sintomas.
Quando se trata de uma lombalgia aguda, o médico já consegue saber do que se trata apenas com o exame físico. Apenas nos casos em que são observados alguns sinais de alerta como perda de peso, febre, casos envolvendo pacientes com idade acima de 50 anos e traumas é que o médico costuma pedir exames mais detalhados.
Inicialmente, os profissionais costumam indicar a atividade física ainda sem o uso de medicamentos. Nessa opção de tratamento, o paciente é orientado a práticas de alongamento e reforço muscular, além de exercícios físicos no seu dia a dia, desde que isso não piore o seu quadro.
Quando o tratamento inicial não é eficaz, os médicos recomendam o uso de analgésicos e relaxantes musculares.
Outro fator que pode ser usado em pacientes com lombalgia é a intervenção cirúrgica, porém os médicos não recomendam que seja realizado prontamente, pois não existem benefícios claros.
Muitas pessoas que sofrem com lombalgia sentem as dores devido à má postura que apresentam no seu cotidiano, inclusive na hora de dormir.
Uma das formas de amenizar as dores na lombar e melhorar o seu bem-estar, é cuidar da sua coluna também durante o sono. Veja a seguir 4 dicas para dormir bem mesmo com as dores da lombalgia:
Para evitar que a lombalgia se torne um problema ainda mais grave, muitos fatores podem ser essenciais nos seus cuidados diários.
A correção postural, principalmente na maneira de sentar-se no trabalho e na escola, por exemplo, é uma forma essencial de prevenir as dores na região lombar.
A cervicalgia pode ser confundida com a lombalgia, principalmente, pelas causas semelhantes (hérnia de disco, artrose, problemas emocionais, má postura, etc). Muitas pessoas acabam associando as dores da lombalgia com os sintomas da cervicalgia, que são fortes dores na região cervical e que podem irradiar para os músculos do pescoço e dos ombros.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a lombalgia e as formas de prevenção, busque mudar alguns de seus hábitos não saudáveis.
Assista também ao nosso bate-papo com uma médica ortopedista e saiba como aliviar as dores decorrentes do nervo ciático. Dê o play!
Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica reumatologista Dra. Sheila Fontenele (CRM 7119).
Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Unimed
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