Ficar tonto em um passeio de barco ou ver tudo girando, mesmo estando parado, podem ser sintomas de labirintite. Descubra os mitos e verdades da doença e saiba como se prevenir.
A labirintite é um distúrbio do labirinto, estrutura localizada dentro do osso temporal que está dentro do ouvido interno e possui canais pequenos em forma se semicírculos. Dentro dos canais há um líquido, chamado de endolinfa, que é rodeado por células.
Quando a pessoa movimenta a cabeça, o líquido se move, estimulando as células, que passarão ao cérebro a informação de que a cabeça está se movendo. Por isso, funciona como um sensor do movimento, sendo um órgão importante para o equilíbrio. Quando há algum distúrbio, há o sintoma mais conhecido como vertigem.
Semelhante a uma febre, a vertigem é um sintoma que precisa ser investigado. Há as doenças inerentes do labirinto, como as pessoas que têm um labirinto mais sensível e têm a tendência de, a partir do movimento em um barco ou ônibus, por exemplo, sentir a vertigem. Outras pessoas podem apresentar a doença de Ménière, que apresenta crises intensas de tontura, com náuseas, vômitos e sensação zumbido no ouvido.
Há pessoas que sentem tontura por exagerar no consumo de café, chocolate ou refrigerante. A vertigem também aparece em alguns casos de jejum prolongado, quando pessoas não comem de 3 em 3 horas, por exemplo. Corrigindo esses erros alimentares, é possível conseguir resultados positivos.
É verdade que alguns antidepressivos, anticoncepcionais e tranquilizantes podem causar tontura. A enxaqueca é uma causa também de tontura. Cerca de 30% a 40% dos pacientes com enxaqueca apresentam também a vertigem, tontura e náusea com vômito.
As emoções exercem forte influência sobre a labirintite, estando ligada a problemas como depressão e excesso de ansiedade.
Embora muitas pessoas recomendem o uso de remédios caseiros, como os chás, para amenizar os sintomas da labirintite, ao sentir os sintomas, é importante sempre consultar um médico.
A partir de um tratamento que inclui remédios, fisioterapia e alimentação adequada, é possível achar a cura para a labirintite.
O Dr. Marcio Meira, otorrinolaringologista da Unimed Fortaleza esclarece que as alterações do labirinto em suas formas mais frequentes trazem bastante incômodo, mas são benignas e não representam nenhum risco de vida. Porém, a labirintite infecciosa é um tipo raro da doença, geralmente complicação de uma otite média não tratada, e pode sim ter potencial letal.
?É também importante salientar que, embora as alterações do labirinto sejam a causa mais comum de tontura, este sintoma tem outras causas?, afirma ele.
Veja abaixo o vídeo completo do otorrinolaringologista Dr. Marcio Meira esclarecendo algumas dúvidas sobre a doença do labirinto:
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