Quando utilizada da forma correta, a máscara de proteção contra a Covid-19 pode reduzir o risco de infecção para 3%. Descubra quais são os erros mais comuns ao utilizar o acessório e saiba como evitá-los.
Ferramenta essencial na prevenção ao coronavírus, a máscara de proteção contra a Covid-19 requer atenção durante o seu uso. Usar máscara do tamanho errado, deixar o nariz descoberto e permanecer muitas horas com a mesma máscara, por exemplo, prejudicam o desempenho do acessório.
Além disso, é importante lembrar que o uso da máscara deve ser aliado aos demais cuidados, como higienização das mãos e manutenção da distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas. Dessa forma, o fator de proteção da máscara tem sua eficácia garantida e reforçada pelo conjunto das práticas.
Neste post, elencamos os 7 erros mais comuns ao utilizar a máscara de proteção com o auxílio da médica infectologista da Unimed Fortaleza Dra. Gláucia Ferreira. Continue a leitura para saber mais!
Seja para tocar o rosto ou ajustar a máscara, muitas pessoas cometem esse erro durante o uso do acessório. No dia a dia, é possível que você encoste em superfícies contaminadas. Por isso, tocar na parte frontal da máscara com as mãos, especialmente se elas não estiverem higienizadas, pode facilitar o acesso das partículas virais ao nariz e à boca, as principais vias de entrada do vírus.
Se precisar ajustar a máscara de proteção, faça isso tocando apenas nos elásticos, que estão distantes das vias respiratórias. Para diminuir os riscos de contaminação, evite tocar o rosto. Se sentir algum desconforto no local e precisar tocá-lo, prefira higienizar as mãos antes de fazê-lo.
Ao retirar a máscara para fazer as refeições, solte-a pelos elásticos e guarde-a em um saco plástico ou de papel, evitando tocar na parte frontal durante o manuseio. Dessa maneira, você garante a função de barreira de defesa prometida pela máscara.
A máscara de proteção contra a Covid-19 deve cobrir totalmente o nariz e a boca, indo até o queixo. Cobrir apenas a boca diminui a eficácia do acessório, uma vez que uma das vias de entrada estará desprotegida.
Colocar a máscara no queixo também não é ideal, principalmente porque ao fazê-lo, é necessário tocar na parte frontal da máscara e isso aumenta as chances de contaminação, conforme explicamos anteriormente.
Ao usar a máscara, certifique-se de que a boca e o nariz estão completamente cobertos. Isso garantirá que as “portas de entrada” do vírus estarão protegidas. E se precisar retirar a máscara por um curto período de tempo, prefira soltar um dos elásticos, deixando-a suspensa em uma das orelhas.
O ar que é expelido da boca durante a fala tende a umedecer a máscara. Isso favorece a presença do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, uma vez que superfícies umedecidas prolongam a sua permanência.
No caso de pessoas não infectadas, a máscara úmida prejudica a capacidade de proteção do acessório. Já no caso de pessoas infectadas, o contato com a máscara úmida propicia a permanência do vírus no organismo, facilitando a progressão da doença.
Segundo a Dra. Gláucia Ferreira, “o ideal é trocar a máscara de proteção contra a Covid-19 a cada 3 horas ou até antes, se houver umidade”. Essa prática garante que a umidade do acessório não prejudique a sua eficácia e você diminua as chances de contrair a doença.
Além do desconforto durante o uso, as máscaras de tamanho inadequado prejudicam a proteção que o acessório oferece. Máscaras de tamanho maior, isto é, que ficam largas no rosto, formam vãos que propiciam a entrada das partículas virais no organismo. Além disso, esse tamanho de máscara pode causar desconforto em pessoas que utilizam óculos, pois o ar que escapa pela parte superior tende a embaçar as lentes.
Já as máscaras de tamanho menor, que ficam muito justas ao rosto ou não cobrem até o queixo, também pecam pelo desconforto e por não cobrirem totalmente a região próxima às vias respiratórias.
O ideal é utilizar somente máscaras do tamanho adequado ao seu rosto. Opte por máscaras que fiquem ajustadas à face, mas que não causem a sensação de sufocamento e que cubram do nariz ao queixo.
Devido à capacidade de transmissão da Covid-19, o Ministério da Saúde recomenda que as máscaras sejam exclusivamente de uso individual. Essa recomendação tem como justificativa o fato das partículas virais ficarem presas na máscara, proporcionando o contágio quando ocorre o compartilhamento do acessório.
O ideal, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é que cada pessoa tenha pelo menos cinco máscaras de uso individual. Assim, é possível alterná-las ao longo dia e evitar a necessidade de compartilhamento.
O contato entre a máscara e a maquiagem, especialmente os produtos mais cremosos, como base, corretivo e batom, gera resíduos que grudam no tecido da máscara e diminuem a capacidade de filtragem do acessório. Além disso, a combinação entre máscara e maquiagem dificulta a respiração da pele, ocasionando o surgimento de manchas, irritações e acnes na região coberta.
O ideal é não utilizar maquiagem sob a máscara de proteção. Uma alternativa para manter a sensação de autocuidado proporcionada pelos cosméticos é substituir a maquiagem por produtos de cuidado com a pele, como protetores solar e séruns de textura leve. De preferência, espere a pele absorver os produtos antes de utilizar a máscara. Outra opção é maquiar apenas a área dos olhos, que não ficará em contato com a máscara.
Confira: 5 cuidados indispensáveis para se proteger do coronavírus
Embora qualquer tipo de barreira física consiga diminuir a propagação das gotículas, o ideal é utilizar máscaras descartáveis ou de tecido em ambientes comuns e máscaras descartáveis ou N95 em ambiente hospitalar. A seguir, explicaremos as diferenças entre os tipos de máscaras de proteção e suas recomendações de uso.
Com vários modelos de máscaras disponíveis, é comum que haja dúvidas sobre qual tipo escolher. Confira as diferenças entre cada uma e saiba qual você deve utilizar.
Considerada a mais segura, a N95 é um tipo de máscara cuja taxa de proteção chega a 96%. Isso acontece porque esse tipo de máscara possui filtros que impedem a passagem de partículas e microrganismos.
Por ser o tipo de máscara mais eficaz, seu uso é recomendado apenas aos profissionais da saúde, que precisam lidar diretamente com pacientes infectados.
Esse tipo de máscara possui em sua composição um tecido filtrante que impede a retenção e projeção de gotículas. Como o próprio nome sugere, ela deve ser utilizada apenas uma vez e descartada logo em seguida. Isso porque a sua eficácia é comprometida ao reutilizá-la.
A médica infectologista, Dra. Gláucia Ferreira, ressalta ainda que “as máscaras cirúrgicas devem ser descartadas após 3 horas de uso”. Após esse período, a máscara tende a ficar umedecida e eleva o risco de contaminação, conforme explicamos anteriormente.
Devido à sua facilidade de produção, as máscaras de tecido se popularizaram no Brasil. É válido salientar que dentre os tipos mais comuns, essa tem a taxa de proteção mais baixa, embora ainda seja uma aliada importante na prevenção ao coronavírus.
Para garantir a eficácia, a máscara deve conter, no mínimo, duas camadas de tecido. O material deve ser preferencialmente uma combinação entre algodão e seda ou algodão e chiffon.
É importante lembrar que esse tipo de máscara requer uma lavagem antes do primeiro uso e deve continuar sendo higienizada cada vez que for utilizada.
A higienização deve ser feita deixando a máscara de molho durante 20 minutos em uma solução de água com água sanitária. Em seguida, deve-se lavar a máscara em água corrente e enxaguar bem, eliminando todos os resíduos do produto de limpeza. Para finalizar a higienização, o ideal é passar com ferro quente.
Agora que você conhece os principais erros ao usar a máscara de proteção contra a Covid-19, não esqueça de tomar os demais cuidados para impedir a contaminação:
Ainda tem dúvidas sobre a coronavírus? Confira nosso hotsite sobre a Covid-19 para saber mais sobre a doença e receber orientações sobre o que fazer ao apresentar sintomas.
Conteúdo desenvolvido em parceria com a Dra. Gláucia Ferreira (CRM 4488 CE), médica infectologista pediátrica do Hospital da Unimed Fortaleza.
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