Em alusão ao setembro amarelo, listamos 6 práticas que podem ajudar líderes e gestores a deixarem o seu ambiente de trabalho mais saudável para além deste mês de prevenção contra o suicídio. Aproveite a leitura!
O mês de setembro carrega uma mensagem poderosa e necessária: a conscientização sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio. No ambiente corporativo, onde a pressão e as cobranças são constantes, a campanha Setembro Amarelo é uma oportunidade crucial para que empresas de todos os tamanhos e segmentos repensem suas práticas e integrem a saúde mental como prioridade estratégica.
RH’s, microempreendedores e empresários têm o poder de transformar a cultura organizacional, promovendo um espaço de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados e apoiados.
Neste artigo, mostraremos como as atividades de saúde mental podem ser implementadas de forma prática e eficaz nas empresas, trazendo benefícios que vão além do bem-estar dos funcionários, impactando diretamente nos resultados do negócio!
A saúde mental não é apenas uma questão de bem-estar pessoal. Ela está profundamente conectada à produtividade, ao engajamento e à retenção de talentos. Quando os colaboradores se sentem mentalmente saudáveis, eles são mais criativos, colaborativos e motivados para alcançar os objetivos da empresa.
Por outro lado, um ambiente de trabalho que negligencia a saúde mental pode enfrentar altas taxas de absenteísmo, baixa moral e até mesmo problemas legais. A Pan-Americana de Saúde estima que, globalmente, mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão, e muitas delas estão no mercado de trabalho. O impacto disso nas empresas é gigantesco, com bilhões de reais perdidos anualmente devido a problemas relacionados à saúde mental.
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Assim, a pergunta não é mais se as empresas devem investir em saúde mental, mas como elas podem fazer isso de forma eficaz.
Antes de implementar qualquer atividade, é essencial que todos na empresa estejam cientes da importância da saúde mental. Isso pode ser feito por meio de campanhas internas de sensibilização, workshops e treinamentos específicos.
Os treinamentos devem abranger desde a alta liderança até os colaboradores da linha de frente, garantindo que todos entendam os sinais de problemas de saúde mental e saibam como agir. Um treinamento bem-sucedido também ensina os gerentes a serem líderes empáticos, que conseguem identificar quando um membro da equipe precisa de apoio.
Sua empresa pode organizar workshops, onde os colaboradores são incentivados a compartilhar experiências e discutir como a saúde mental impacta suas vidas. Essas ações devem ser ministradas por psicólogos, para que essa troca não só humanize o ambiente de trabalho, como também crie uma rede de apoio mútua. Algo que pode ser feito ainda em meses da campanha “Setembro Amarelo”, em caso de ações mais pontuais, mas que deve ser estendida durante o calendário organizacional.
Um dos maiores desafios no tratamento da saúde mental no ambiente corporativo é a falta de comunicação aberta. Colaboradores muitas vezes têm medo de serem julgados ou de sofrerem represálias se falarem sobre suas dificuldades emocionais. Para combater isso, as empresas precisam criar espaços seguros onde esses temas possam ser discutidos com confidencialidade.
A Unimed Fortaleza fundou um programa de saúde e bem-estar em que reúne diversas atividades, incluindo o plantão psicológico. A iniciativa tornou-se um caso de sucesso, com uma diminuição de mais de 900 dias de absenteísmo no primeiro ano.
“O burnout é um distúrbio psíquico relacionado ao trabalho que traz sintomas de estresse, esgotamento físico e emocional e que afeta tanto a vida pessoal como a vida profissional da pessoa. A criação de espaços de escuta ativa e empática, principalmente dentro das empresas, favorece a intervenção tanto na prevenção como no tratamento da doença. A síndrome de burnout não aparece de repente. Nosso corpo manda sinais de alerta aos poucos e, quando não respeitamos e ultrapassamos nosso limite, tendemos a evoluir para sintomas mais graves, podendo culminar no burnout. Nesse sentido, se a empresa oportuniza um espaço seguro de acolhimento e escuta, o colaborador poderá, com ajuda profissional, ressignificar suas dores, buscar mudanças comportamentais e estratégias para o alívio dos sintomas, além de promover um ambiente de trabalho mais saudável e com maior bem-estar”, destaca a psicóloga Paula Pamplona.
A criação de grupos de apoio interno, onde colaboradores podem se reunir regularmente para discutir questões de saúde mental, pode ser uma solução eficaz. Esses grupos devem ser facilitados por um profissional de saúde mental ou por um colaborador treinado, garantindo que as conversas sejam construtivas e respeitosas.
A implementação de atividades de bem-estar no dia a dia do trabalho é uma maneira prática de cuidar da saúde mental dos colaboradores.
As sessões de mindfulness podem ser organizadas uma vez por semana, proporcionando um momento de pausa e reflexão para os colaboradores. Essas sessões ajudam a reduzir o estresse, melhorar a concentração e promover um ambiente de trabalho mais calmo e produtivo, que pode ser essencial na hora de prevenir crises em colaboradores com ansiedade e depressão.
A ginástica laboral, por outro lado, pode ser realizada diariamente, ajudando a combater o sedentarismo e promover a integração entre os funcionários. Empresas que adotam essas práticas relatam uma melhora significativa no humor e na energia de suas equipes.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é fundamental para a saúde mental. Empresas que oferecem políticas de trabalho flexível, como home office ou horários flexíveis, permitem que os colaboradores tenham uma maior flexibilidade reduzindo o estresse e aumentando a satisfação no trabalho.
Uma empresa pode, por exemplo, permitir que os colaboradores tenham alguns dias na semana que fiquem de home-office, em um ambiente de trabalho mais híbrido. Isso dá aos funcionários um maior conforto, facilitando a conciliação entre trabalho e vida pessoal, dando ao colaborador que possui alguma necessidade em saúde mental, um maior espaço para lidar com momentos mais difíceis.
Por mais que treinamentos, espaços de diálogo e atividades de bem-estar sejam eficazes, é fundamental que as empresas ofereçam acesso a profissionais de saúde mental para seus colaboradores. Isso pode ser feito por meio da contratação de um plano de saúde para funcionários, parcerias com clínicas ou até mesmo com a contratação de um psicólogo interno.
Todos os seres humanos possuem problemas e percalços em suas rotinas, poder dividir suas angústias, preocupações e medos com um profissional, propicia uma mudança emocional, e consequentemente, um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Empresas que investem em um programa de apoio psicológico, oferecendo sessões de terapia para seus colaboradores, demonstram um comprometimento real com a saúde mental. Esse programa pode ser estruturado de forma a oferecer um número limitado de sessões gratuitas, com a possibilidade de continuidade com valores subsidiados pela empresa.
Implementar atividades de saúde mental é apenas o começo. Para garantir que essas ações estejam gerando os resultados desejados, é crucial que as empresas monitorem e avaliem regularmente o impacto dessas iniciativas.
Uma maneira eficaz de avaliar o impacto das ações de saúde mental é por meio de pesquisas de clima organizacional. Essas pesquisas podem incluir perguntas específicas sobre a percepção dos colaboradores em relação ao suporte recebido para questões de saúde mental, permitindo que a empresa identifique áreas de melhoria.
Além disso, indicadores como a taxa de absenteísmo, a rotatividade e o desempenho individual também podem ser utilizados para medir o sucesso das iniciativas.
O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha de conscientização; é um chamado à ação para que as empresas integrem a saúde mental em sua estratégia organizacional. Ao implementar atividades de saúde mental no ambiente de trabalho, as empresas não só cuidam de seus colaboradores, mas também constroem uma cultura de empatia, respeito e bem-estar.
Para gerentes de RH, microempreendedores e empresários, o desafio está lançado: transformar o ambiente de trabalho em um espaço onde a saúde mental seja valorizada e protegida, promovendo não apenas um Setembro Amarelo, mas um ano inteiro de conscientização e cuidado.
Na Unimed Fortaleza, acreditamos que cuidar da saúde mental é fundamental para construir um futuro mais saudável e sustentável para todos. Estamos aqui para apoiar empresas de todos os portes nessa jornada, oferecendo soluções que fazem a diferença na vida de seus colaboradores.
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*Conteúdo desenvolvido em parceria com a psicóloga da Unimed Fortaleza Paula Pamplona Costa Lima.