Cuidar de Você 09 de Outubro de 2024

O que é herpes-zóster? Entenda sua relação com o estresse e a ansiedade


O herpes-zóster é uma infecção viral causada pelo mesmo vírus da catapora e pode ser reativada principalmente em momentos de estresse e ansiedade. Entenda o que é essa doença, seus sintomas, e como a vacinação pode prevenir complicações.

Pessoa com herpes-zóster

Embora muitas pessoas pensem que a catapora é uma doença da infância, o vírus permanece no corpo mesmo após a recuperação. Ele pode ser reativado anos depois provocando o herpes-zóster.

No Brasil, o número de casos da doença tem aumentado especialmente entre a população idosa e imunocomprometida. Situações de estresse e ansiedade também têm sido associadas à reativação do vírus.

Esse aumento tem preocupado as autoridades de saúde, que alertam para as graves complicações que a doença pode causar, como a neuralgia pós-herpética.

E é nesse cenário que a vacinação surge como a melhor forma de prevenção, especialmente em grupos mais vulneráveis. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a vacina contra herpes-zóster reduz significativamente o risco de desenvolver a doença e suas complicações.

A seguir, explicaremos o que é herpes-zóster, seus principais sintomas e como o estresse e a ansiedade podem influenciar seu surgimento!

O que é herpes-zóster?

O herpes-zóster é uma infecção viral que ocorre quando o vírus varicela-zóster, que permaneceu adormecido após um episódio de catapora, é reativado. Esse vírus afeta principalmente nervos, causando erupções cutâneas dolorosas.

A doença geralmente se manifesta em pessoas acima dos 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade, especialmente em indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido.

Quando o vírus é reativado, ele se move pelos nervos até a pele, onde provoca uma erupção cutânea em forma de bolhas, acompanhada de dor intensa. A área afetada geralmente está limitada a um lado do corpo, muitas vezes no tronco ou rosto, mas pode aparecer em outras partes.

Principais dúvidas sobre o herpes-zóster

Apesar de não ser devidamente levada a sério, essa doença gera algumas dúvidas. Por isso, vamos responder 3 das principais questões levantadas quando falamos do herpes-zóster.

Confira abaixo!

1. Como pego herpes-zóster?

O herpes-zóster em si não é diretamente contagioso. No entanto, uma pessoa com esse tipo de herpes pode transmitir o vírus varicela-zóster para alguém que nunca teve catapora ou não foi vacinado contra ela. Nesse caso, a pessoa infectada desenvolverá “apenas” catapora.

E vale dizer que a transmissão ocorre por contato direto com as bolhas e lesões da pele. Por isso, recomenda-se que pessoas com herpes-zóster evitem o contato com gestantes, recém-nascidos e pessoas com imunidade comprometida, pois esses grupos são mais suscetíveis a complicações graves.

2. Herpes-zóster é contagioso?

Como mencionado anteriormente, o herpes-zóster não é contagioso da mesma forma que a gripe ou o resfriado comum.

No entanto, as bolhas da erupção contêm partículas virais que podem infectar outras pessoas que nunca tiveram catapora. Apenas após a cicatrização das lesões e a formação de crostas que a pessoa acometida pelo vírus deixa de ser contagiosa.

É importante lembrar que, durante o surto, é essencial evitar o contato direto com as lesões, lavar as mãos frequentemente e manter as áreas afetadas cobertas para reduzir o risco de transmissão.

3. Herpes-zóster mata?

Embora rara, o herpes-zóster pode levar a complicações graves, especialmente em pessoas idosas ou com o sistema imunológico enfraquecido.

As principais complicações incluem:

  • Neuralgia pós-herpética: a complicação mais comum, caracterizada por dor crônica na área afetada, mesmo após a cicatrização das lesões. Essa dor pode ser incapacitante e durar meses ou anos.
  • Infecções secundárias: as bolhas causadas pelo herpes-zóster podem ser infectadas por bactérias, resultando em infecções graves.
  • Complicações neurológicas: em casos raros, o vírus pode afetar os nervos faciais, resultando em perda de audição ou visão, ou até mesmo provocar encefalite (inflamação do cérebro).

Apesar dessas possíveis complicações, o herpes-zóster em si raramente é fatal. No entanto, para pessoas imunossuprimidas, como aquelas que fazem quimioterapia, têm HIV ou receberam transplante de órgãos, o risco de complicações é significativamente maior.

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Causas emocionais do herpes-zóster

Além dos fatores físicos que podem desencadear o herpes-zóster, como idade avançada e baixa imunidade, o estresse emocional também desempenha um papel importante.

Altos níveis de estresse e ansiedade aumentam o risco de reativação do vírus. Isso ocorre porque o estresse contínuo enfraquece o sistema imunológico, tornando o organismo mais vulnerável a infecções e reativações virais.

Segundo Naiara Pereira da Silva, supervisora de enfermagem da Unimed Fortaleza, “é fundamental entender o papel do controle emocional como forma de prevenção do herpes-zóster. Pessoas que lidam com altos níveis de ansiedade e estresse devem estar atentas à sua saúde emocional para evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.”

Ansiedade causa herpes-zóster?

A relação entre ansiedade e herpes-zóster é frequentemente mencionada por especialistas. A ansiedade, assim como o estresse, pode afetar negativamente o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível à reativação do vírus varicela-zóster.

Pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade ou que estão passando por períodos de grande pressão emocional devem estar cientes desse risco e procurar formas de reduzir o estresse.

Algumas boas alternativas são a prática de exercícios físicos, técnicas de relaxamento e acompanhamento psicológico constante.

Quais são os sintomas de herpes-zóster?

Os sintomas do herpes-zóster costumam ser bastante característicos, começando com uma sensação de formigamento ou queimação em uma área localizada do corpo.

Em seguida, surgem erupções cutâneas que evoluem para bolhas cheias de líquido. A dor é um dos principais sintomas e pode ser intensa, dificultando atividades cotidianas.

Outros sintomas comuns incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Sensibilidade à luz;
  • Febre;
  • Fadiga.

Em alguns casos, a dor associada o herpes-zóster pode persistir mesmo após o desaparecimento das lesões, resultando na neuralgia pós-herpética, uma complicação dolorosa e de difícil tratamento.

Quanto tempo dura o herpes-zóster?

O surto de herpes-zóster costuma durar entre 2 a 4 semanas. As erupções cutâneas seguem um ciclo:

  1. Começam com uma vermelhidão;
  2. Progridem para bolhas cheias de líquido;
  3. Eventualmente, as bolhas rompem e formam crostas;
  4. Dores intensas durante todo o ciclo.

Após a cicatrização das lesões, a dor geralmente desaparece. No entanto, como citamos anteriormente, em alguns casos, a dor pode persistir, configurando a neuralgia pós-herpética, que pode durar meses ou até anos.

Sequelas do herpes-zóster

Além da neuralgia pós-herpética, complicações como infecções bacterianas nas bolhas podem deixar cicatrizes permanentes. Em casos mais graves, se o vírus afetar os nervos faciais, pode haver perda de audição ou visão.

Portanto, é fundamental buscar tratamento adequado assim que os primeiros sintomas aparecerem para minimizar o risco de complicações.

Onde tomar a vacina contra o herpes-zóster?

Se você reside em Fortaleza e desejar evitar a infecção por herpes-zóster, a Unimed Vacinas oferece a vacina contra o herpes-zóster, proporcionando proteção eficaz e de longo prazo.

Vacine-se contra a Herpes-Zóster

A clínica fica localizada na Avenida Barão de Studart, Nº 800 (Espaço Saúde Unimed). Para quem busca mais comodidade no momento da vacinação, também oferecemos o nosso serviço a domicílio. Fale com a equipe Unimed Vacinas pelo WhatsApp e faça a cotação da sua vacina. Clientes Unimed têm ainda mais vantagens!

Para finalizar, além da vacina, outros cuidados podem ser tomados para prevenir a reativação do vírus varicela-zóster, como:

  • Manter o sistema imunológico forte, adotando uma alimentação saudável, praticando atividades físicas regularmente e dormindo bem.
  • Evitar o estresse e procurar técnicas de gerenciamento da ansiedade, como meditação e terapia, que ajudam a fortalecer as defesas naturais do corpo.
  • Seguir recomendações médicas, especialmente no caso de doenças pré-existentes que podem comprometer o sistema imunológico.

*Conteúdo desenvolvido em parceria com a enfermeira e Coordenadora da Unimed Vacinas Naiara Pereira da Silva (598.077 ? COREN-CE).

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