Seu filho já se queixou de dores em algum membro do corpo e deixou você preocupado(a)? Pode ser dor de crescimento. Continue a leitura e entenda melhor!
A dor de crescimento existe e é comum em crianças. Geralmente é sentida nas pernas, um pouco abaixo do joelho, podendo se estender até o tornozelo, e costuma aparecer durante a realização de atividades físicas ou à noite.
Mas por que ela acontece? Convidamos a pediatra Dra. Fernanda Colares, para responder essa e outras dúvidas. Confira a seguir!
A dor de crescimento não tem relação científica diretamente ligada às fases de crescimento físico. No entanto, ela é considerada como uma forma de identificar uma dor benigna e diferenciá-la de diversos outros problemas que causam dor em crianças.
Essa dor normalmente acontece em crianças entre 3 e 10 anos de idade.
Para aliviar essa dor, recomenda-se massagear a região dolorida com algum tipo de gel ou spray para dor ou até mesmo hidratante. Pode-se também fazer uma compressa de gelo por 10 ou 20 minutos. Durante desconfortos maiores, é recomendado repouso e evitar atividades físicas extenuantes.
Ainda não há comprovação científica da relação de ausência de vitamina como causa para a dor de crescimento. Mas é certo que a vitamina D e o cálcio são fundamentais para a saúde óssea.
A vitamina D é responsável por garantir que o cálcio se fixe na placa de crescimento e, quando há ausência desses nutrientes, os ossos ficam sem “matéria prima” para crescer.
Mas, mesmo com sintomas aparentes, a dor de crescimento não é considerada uma doença e nem precisa de tratamento específico, mas provoca desconforto e dor leve. Por isso, vale uma avaliação pediátrica para confirmar ou não se trata-se de dor de crescimento.
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É comum, após avaliação do(a) pediatra, a realização de exames de imagem como radiografia ou ressonância magnética.
A radiografia pode ser solicitada para investigar traumas, neoplasias ou infecções, enquanto a ressonância visa detectar de forma mais precisa se há ou não alguma lesão óssea.
Normalmente, a solicitação de exames serve para descartar outras possíveis condições que podem causar tal dor, como a Síndrome de Osgood-Schlatter cujas características se assemelham à dor de crescimento.
É importante ressaltar que a investigação da dor e solicitação de exames depende da avaliação clínica primeiro.
A doença de Osgood-Schlatter acontece em fases mais tardias do que a dor de crescimento, no período da adolescência (dos 9 aos 14 anos), fase do estirão de crescimento.
Ambas apresentam dor ou incômodo na região da perna abaixo do joelho ou no próprio joelho, mas a principal diferença está nos demais sintomas que podem aparecer. Confira!
DOR DE CRESCIMENTO | SÍNDROME DE OSGOOD-SCHATTER |
Geralmente, não há relato de sensibilidade ao tocar na região onde indica dor; | Pode haver aumento de sensibilidade na região onde indica dor; |
Não apresenta mudança de cor na região da dor; | Pode apresentar vermelhidão no local da dor; |
Não há edema na região da dor. | O local de dor pode apresentar inchaço; |
Na síndrome de Osgood-Schlatter, uma parte do tendão patelar se separa, elevando o tubérculo tibial – o osso que fica entre o joelho e o pé e onde fica inserido o tendão patelar.
Geralmente, essa síndrome pode ser identificada em crianças que praticam alguma atividade física com frequência. E a falta de tratamento pode resultar em problemas estéticos e funcionais a longo prazo.
Lembre-se! Embora você já saiba muito sobre dor de crescimento e o que a diferencia de outras possíveis doenças, o diagnóstico deve ser dado pelo(a) médico(a) pediatra.
Agora que você já sabe o que é a dor de crescimento, suas causas, sintomas e até como pode ser confundida com outro problema, confira o vídeo a seguir, disponível em nosso canal no Youtube, em que falamos tudo sobre desenvolvimento infantil.
*Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica pediatra da Unimed Fortaleza, Dra. Fernanda Colares (CRM 11584).
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