Tudo começou com uma dor no braço esquerdo que Ana Carolina Braz não deu atenção, o ano era o de 2012. Logo depois, ela notou um nódulo palpável que não existia antes, mas não estranhou, pois todos os seus exames médicos estavam em dia. Carol, como é chamada pelos amigos, tinha na época 27 anos e estava fora da idade de risco para o câncer de mama, mas após o exame de ultrassom foi detectado um carcinoma em estado avançado, de crescimento rápido e muito raro. O câncer mudou a vida da Carol, mas para ela a principal mudança foi a interior.
O diagnóstico foi impactante, pensou que ia morrer, as lágrimas foram inevitáveis. Mas Carol percebeu que precisava ser forte. O mastologista que a acompanhava recomendou que ela fizesse uma mastectomia radical e total do seio esquerdo e assim ela fez. Mesmo com a cirurgia, ainda restavam muitas sessões de quimioterapia e radioterapia, por isso não pôde fazer de imediato a reconstrução do seio, pois a radiação iria modificar as próteses. Ao todo, foram dois anos de tratamento.
?Câncer não dói?, repete sempre com a coragem de quem não se deixou abater pela doença em nenhum momento. ?Eu queria terminar logo o tratamento, não faltava nenhuma sessão?. No entanto, o tratamento causou diversas reações alérgicas, queimaduras, dentre outros incômodos em Carol. ?O tratamento foi muito ruim, por causa da alergia tive que tomar corticoide na veia e em comprimido, passei de 82 para 102 quilos, e essa era a única coisa que realmente me incomodava?, afirma.
Autoestima nunca faltou na vida da técnica. ?Eu não deixei de fazer nada, continuei indo a praia, ao shopping, fiz duas viagens quando ainda estava em tratamento. Evitava ficar em casa pra não me abater, tentava levar a vida mais normal possível?.
A vontade de viver é a característica de Carol que mais chama a atenção. Hoje, sente-se ainda mais feliz, pois, segundo ela, ?a Ana Carolina de antes era totalmente diferente, tornei-me uma pessoa muito mais tranquila, mais paciente, esses anos me ensinaram a esperar?.
Em 2014, ela fez a cirurgia bariátrica e a gastroplastia. Em novembro de 2015, foi liberada para fazer a reconstrução da mama esquerda, entretanto, após um exame genético foi detectado que havia 86% de chances de também desenvolver câncer na mama direita. Carol não se deixou abater e fez a retirada preventiva e reconstrução da mama direita. Hoje, ela faz um monitoramento de 3 em 3 meses. As cirurgias reduziram as chances de um novo câncer para menos de 5%, tornando um risco controlado.
Os olhos enchem de emoção ao lembrar-se das pessoas que a ajudaram e a apoiaram nos momentos que mais precisou, dentre elas a família, o namorado e alguns médicos do HRU, os quais ela cita com gratidão. Depois da recuperação decidiu ajudar outros pacientes com câncer, ela doou as suas próteses mamárias, os lenços de cabelo, além de medicamentos que sobraram do seu tratamento.
Há menos de seis meses ela voltou a sua rotina normal de trabalho e estudos. Colaboradora do Hospital Regional Unimed (HRU), ela é técnica de enfermagem na obstetrícia e está na metade do curso de psicologia na Unifor, ?amo a enfermagem, amo o meu trabalho, mas me encontrei na psicologia porque queria algo que me ajudasse a ajudar o próximo e consigo?, afirma. Carol há três meses terminou todas as reconstruções e está à espera da primeira alta que irá acontecer no começo de 2017.
A coragem e a vontade de viver da Carol inspirou um ensaio fotográfico. Na época ela ainda não havia feito a reconstrução da mama esquerda. Carol tem sonhos e vontade suficiente para realizá-los. Ela demonstra o apreço pela vida, e inspira recomeço.
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